n. 7, 2012 TEORIA E PRATICA DEI TRAPIANTI GIURIDICI TRA COLONIALISMO E MULTICULTURALISMO Parte II Mario G. Losano∗ 1 O conteúdo dos artigos é de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), que cederam a Comissão de PósGraduação em Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, os respectivos direitos de reprodução e/ou publicação. Não é permitida a utilização desse conteúdo para fins comerciais. ∗ Professor emérito de Filosofia do Direito e de Introdução à Informática Jurídica na Universitá del Piemonte Orientale, (Alessandria), Itália e Professor na Escola de Doutorado em Direito Público na Universidade de Turim. Homepage: <http://www.mariolosano.it/>. ©2011 Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida desde que citada a fonte UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Reitor: João Grandino Rodas Vice-Reitor: Hélio Nogueira da Cruz Pró-Reitor de Pós-Graduação: Vahan Agopyan Faculdade de Direito Diretor: Antonio Magalhães Gomes Filho Vice-Diretor: Paulo Borba Casella Comissão de Pós-Graduação Presidente: Monica Herman Salem Caggiano Vice-Presidente: Estêvão Mallet Ari Possidonio Beltran Elza Antônia Pereira Cunha Boiteux Francisco Satiro de Souza Júnior Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka Luis Eduardo Schoueri Renato de Mello Jorge Silveira Serviço Especializado de Pós-Graduação Chefe Administrativo: Maria de Fátima Silva Cortinal Serviço Técnico de Imprensa Jornalista: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Normalização Técnica CPG – Setor CAPES: Marli de Moraes Correspondência / Correspondence A correspondência deve ser enviada ao Serviço Especializado de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP / All correspondence should be sent to Serviço Especializado de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP: Largo de São Francisco, 95 CEP 01005-010 Centro – São Paulo – Brasil Fone/fax: 3107-6234 e-mail: [email protected] FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pelo Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Direito da USP Cadernos de Pós-Graduação em Direito : estudos e documentos de trabalho / Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 1, 2011-. Quinzenal ISSN: 2236-4544 Publicação da Comissão de Pós-Graduação em Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo 1. Direito 2. Interdisciplinaridade. I. Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP CDU 34 Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 Os Cadernos de Pós-Graduação em Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, constitui uma publicação destinada a divulgar os trabalhos apresentados em eventos promovidos por este Programa de Pós-Graduação. Tem o objetivo de suscitar debates, promover e facilitar a cooperação e disseminação da informação jurídica entre docentes, discentes, profissionais do Direito e áreas afins. Monica Herman Salem Caggiano Presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 APRESENTAÇÃO Temos a honra e a satisfação de apresentar – em edição especial dos Cadernos de PósGraduação em Direito – as lições oferecidas pelo ilustre Professor Mario G. Losano no âmbito do Curso Os Desafios da Interdisciplinaridade para o Direito (DFD 5907), disciplina ministrada sob a responsabilidade dos Professores Celso Lafer e Elza Antônia Pereira Cunha Boiteux do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Além do brilhantismo e clareza do magistério do professor Losano, que encantou os alunos pela profundidade do conhecimento e pela peculiar sensibilidade e talento em conquistar a platéia e transmitir os ensinamentos, o Curso se destaca com pioneirismo no oferecimento de edições de verão. Inaugura, com sucesso, uma nova etapa no cronograma das disciplinas do Programa de Pós-Graduação da nossa Escola, firmando-se como indicador do interesse que os Cursos da Faculdade de Direito da USP despertam mesmo em pleno período de férias. De certo que a participação do Professor Losano e dos professores Joaquim Salgado e Ricardo Salgado, da Universidade Federal de Minas Gerais, na condição de professores convidados, foi fator de grande peso no êxito atingido pelo Curso Os Desafios da Interdisciplinaridade para o Direito. O apoio do chefe do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito, Professor Titular, Dr. José Eduardo Faria, foi fundamental para a sua realização. Esperamos que esta seja uma primeira de muitas outras edições. Monica Herman Caggiano Presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 SUMÁRIO TEORIA E PRATICA DEI TRAPIANTI GIURIDICI TRA COLONIALISMO E MULTICULTURALISMO PARTE II Presentazione alla Parte II .............................................................................................................................................. 5 7. Ernst Hirsch (1902-1985): dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania Parte I. La formazione e l'esilio di Ernst Hirsch ......................................................................................................... 7 8. Ernst Hirsch (1902-1985): dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania Parte II. Ernst Hirsch sociologo del diritto ...............................................................................................................24 CADERNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO: ESTUDOS E DOCUMENTOS DE TRABALHO .......................................47 Normas para Apresentação Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 5 PRESENTAZIONE ALLA PARTE II Nella Parte I sono stati trattati: 1. i rapporti fra diritto e geografia, con particolare attenzione alla geopolitica; 2. la recezione del diritto europeo in America del Sud (analizzando il caso specifico della recezione della struttura “corporativa” in Brasile negli anni di Getúlio Vargas); 3. l’europeizzazione dell’Asia Orientale tra la fine dell’Ottocento e l’inizio del Novecento (analizzando l’ammodernamento giuridico del Giappone e della Corea). Questa Parte II prende in esame la recezione dei modelli europei – in particolare quelli giuridici – nella Turchia del XX secolo. Il caso turco è doppiamente interessante: con riguardo al passato, rappresenta un fenomeno di ammodernamento tanto radicale quanto quello giapponese, ma profondamente diverso nei suoi risultati; con riguardo al presente, illustra quali sono i punti di forza e le difficoltà dell’attuale Turchia repubblicana di fronte a un’Europa che, da cinquant’anni, non riesce a decidere se ammetterla o no nell’Unione Europea. Questa inclusione o esclusione comporta rilevanti conseguenze geopolitiche, poiché una Turchia respinta dall’Europa dovrebbe necessariamente cercare alleanze nel vicino Oriente, dove già oggi si profila come potenza regionale. Il corso sui trapianti giuridici – tenuto nei giorni 23, 26, 30 gennaio e 3 febbraio 2012 – è statto organizzato dalla Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito e dal Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP. Questa Parte II si fonda sui testi qui di seguito elencati: quelli riprodotti nelle presenti dispense sono preceduti dal segno •; quelli disponibili in Internet sono indicati così: In Internet. 4a lezione. L’europeizzazione di uno Stato islamico: la Turchia kemalista In Internet: Mario G. Losano, La Turchia tra Europa ed Asia: un secolo tra laicismo e Islam. Memoria dell’Accademia delle Scienze di Torino, Classe di Scienze Morali, Storiche e Filologiche, Serie V, Volume 33, Accademia delle Scienze, Torino 2009, 50 pp. (con riassunto in inglese). • Ernst Hirsch (1902-1985). Dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania. Parte I. La formazione e l'esilio di Ernst Hirsch, "Materiali per una storia della cultura giuridica", XXXIX, giugno 2009, n. 1, pp. 159-182. PARTE I. LA FORMAZIONE E L'ESILIO DI ERNST HIRSCH 1. La Prima guerra mondiale e la fine degli imperi multinazionali europei: dall'Impero ottomano alla Repubblica turca. 2. Il rinnovamento culturale nella Repubblica turca e i consulenti stranieri. 3. La formazione di Hirsch: dalla Germania imperiale alla Repubblica di Weimar 4. L'emigrazione di Hirsch: dalla Germania hitleriana alla Repubblica Turca: a) Un mutuo soccorso per gli scienziati in esilio; b) Hirsch verso la Turchia: nuova vita, nuova lingua. 5. Gli studi giuridici turchi fra le due guerre mondiali. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 6 a) La rifondazione dell'Università di Istanbul. b) La fondazione dell'Università di Ankara. 6. Il contributo di Hirsch al rinnovamento giuridico turco. • Ernst Hirsch (1902-1985): dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania, Parte II. Ernst Hirsch sociologo del diritto, "Materiali per una storia della cultura giuridica", 2009, n. 2, pp. 341373. PARTE II. HIRSCH COME SOCIOLOGO DEL DIRITTO 1. La difficile applicazione del nuovo diritto turco: due esempi: a) Il diritto matrimoniale repubblicano: e la tradizione islamica? b) La trasmissione di beni immobili: senza trascrizione? 2. La sociologia del diritto nell'esperienza multiculturale di Hirsch. a) La predisposizione di Hirsch per il diritto vivente. b) Hirsch sociologo del diritto in Turchia. c) Hirsch sociologo del diritto dalla Turchia alla Germania postbellica. d) Hirsch, "rifondatore della sociologia giuridica tedesca del dopoguerra". 3. Gli scritti socio-giuridici di Hirsch. 4. Esperienza multiculturale, trapianti giuridici e sociologia del diritto. *** Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 7 ERNST HIRSCH (1902-1985): DALL'EUROPEIZZAZIONE DEL DIRITTO IN TURCHIA ALLA SOCIOLOGIA GIURIDICA TEDESCA∗ Indice: PARTE I. LA FORMAZIONE E L'ESILIO DI ERNST HIRSCH. 1. La Prima guerra mondiale e la fine degli imperi multinazionali europei: dall'Impero ottomano alla Repubblica turca. 2. Il rinnovamento culturale nella Repubblica turca e i consulenti stranieri. 3. La formazione di Hirsch: dalla Germania imperiale alla Repubblica di Weimar. 4. L'emigrazione di Hirsch: dalla Germania hitleriana alla Repubblica Turca: a) Un mutuo soccorso per gli scienziati in esilio; b) Hirsch verso la Turchia: nuova vita, nuova lingua. 5. Gli studi giuridici turchi fra le due guerre mondiali. a) La rifondazione dell'Università di Istanbul. b) La fondazione dell'Università di Ankara. 6. Il contributo di Hirsch al rinnovamento giuridico turco. PARTE I. LA FORMAZIONE E L'ESILIO DI ERNST HIRSCH 1. La fine degli imperi multinazionali: dall'Impero ottomano alla Repubblica turca La Prima guerra mondiale segnò la fine dei grandi imperi multinazionali europei: nel 1917 la rivoluzione d'Ottobre mise fine all'impero zarista; nel 1918 scomparve l'Impero austro-ungarico e il Trattato di Versailles umiliò l'Impero tedesco, creando le premesse per la seconda catastrofe mondiale; sempre nel 1918 l'Impero ottomano sarebbe stato cancellato dalla carta geografica, se Kemal Atatürk1 non avesse guidato la riscossa nazionale che nel 1923 portò alla fondazione della Repubblica turca. L'Impero ottomano – da decenni il «malato del Bosforo» – per due secoli aveva tentato di arrestare la propria decadenza con riforme ispirate alle idee e alle istituzioni dell'Europa occidentale, realizzate però con troppa esitazione per aver successo. Dal 1908 il movimento dei Giovani Turchi avanzava istanze più radicali di europeizzazione, ma solo la sconfitta del 1918 permise a Kemal Atatürk di sostituire stabilmente il Sultanato, baluardo dell'Islam, con una repubblica laica e autocratica, chiamata dal 1923 a realizzare riforme profonde sulle rovine di una guerra perduta. Nel 1933, mentre in Germania il nazionalsocialismo prendeva il potere, in Turchia veniva realizzata la completa riforma del sistema universitario con la rifondazione dell'università di Istanbul e con la fondazione di quella di Ankara: si profilavano così nuove possibilità di insegnamento per i professori tedeschi costretti all'esilio. La presenza di docenti di lingua tedesca era predominate nelle facoltà scientifiche, ma si andò poi riducendo sino a scomparire dopo la fine della Seconda guerra mondiale, quando gli Stati Uniti divennero il modello prevalente di riferimento. Il fenomeno dei consulenti scientifici stranieri in Turchia può quindi considerarsi compreso fra il 1933 (anche se preceduto da qualche avvisaglia) e il 1971. Infatti «nell'estate dell'anno passato [1971], l'ultimo dei professori tedeschi emigrati in Turchia, il chimico Friedrich Breusch, ha lasciato l'Università di Istanbul. La sua ∗ Fonte: Mario G. Losano, Ernst Hirsch (1902-1985). Dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania. Parte I. La formazione e l'esilio di Ernst Hirsch, "Materiali per una storia della cultura giuridica", XXXIX, giugno 2009, n. 1, pp. 159-182. 1Nel presente testo uso sempre la forma Kemal Atatürk, anche se Mustafa Kemal acquisì questo nome soltanto nel 1934, quando egli stesso rese obbligatorio il cognome per tutti i turchi. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 8 partenza costituisce la conclusione definitiva di un'involontaria migrazione accademica dalla Germania alla Turchia, che iniziò nel 1933»2. Gli eventi di cui si occuperanno le pagine seguenti si collocano fra gli anni della fondazione repubblicana e gli anni Cinquanta del secolo scorso: un trentennio in cui le istituzioni repubblicane e le riforme si consolidarono in Turchia fra molte contraddizioni tuttora non risolte. In pochi anni la Turchia si trasformò da regime teocratico in repubblica laica; cercò il proprio fondamento non soltanto nella cultura araba e persiana, ma soprattutto in quella europea; adottò i caratteri latini e l'abbigliamento occidentale; sostituì il diritto islamico, la sharia, con il diritto di stampo romanistico, adottando nel 1926 il codice civile e il diritto delle obbligazioni direttamente derivati dalla legislazione svizzera. Nell'impossibilità di descrivere qui la storia complessa e travagliata di questo ammodernamento (per la quale rinvio a un altro mio scritto3), è opportuno concentrarsi su un suo aspetto specifico: la trasformazione delle università e, in particolare, dell'insegnamento del diritto. Su quest'ultima riforma si concentra l'attenzione delle prossime pagine, che si propongono di illustrare tanto l'apporto alla nuova Turchia di uno dei consiglieri giuridici europei, il tedesco Ernst Hirsch (1902-1985), quanto anche, di ritorno, il bagaglio di idee nuove che egli riportò in Germania da quell'emigrazione e che ne fecero il rifondatore della scuola tedesca di sociologia del diritto. 2. Il rinnovamento culturale della nuova Turchia kemalista e i consulenti stranieri Ripensando alla transizione dall'Impero ottomano alla Repubblica negli anni Venti, un europeo oggi ha difficoltà a raffigurarsi lo choc culturale vissuto, per esempio, dai musicisti turchi tradizionali quando Hindemith iniziò il suo insegnamento al Conservatorio di Ankara, o dai giuristi turchi tradizionali quando venne promulgato il codice civile modellato su quello svizzero. I giuristi ottomani applicavano il diritto coranico: a rigore, non li si dovrebbe neppure chiamare giuristi, ma – secondo un uso affermatosi fra gli islamologi per tradurre 'ulema' – «giurisperiti», perché esperti tanto in teologia quanto in diritto. I giurisperiti erano abituati ad avere come punto di riferimento il diritto islamico fondato sul Corano e integrato dai decreti della Sublime Porta e dalla Megella, asistematica raccolta di norme spesso designata con il fuorviante nome di «Codice civile ottomano»; erano abituati a una terminologia giuridica islamica radicata nella lingua araba e a testi che, sebbene in turco, erano scritti in caratteri arabi; erano abituati ai rigidi limiti interpretativi imposti da un testo sacro come il Corano. Nel giro di pochi anni si trovarono a dover applicare a una società ancora asiatica un codice sistematico di tipo svizzero; a dover desumere le nuove norme da un codice turco che faceva riferimento a istituti giuridici completamenti diversi, anche nel nome, da quelli del diritto islamico, codice che, per soprammercato, era scritto in caratteri latini; a dover applicare quel diritto d'origine europea a una realtà tradizionale, ricorrendo a una libertà interpretativa estranea alla tradizione islamica, ma sancita invece nel primo articolo del codice civile svizzero, che, in assenza di altre indicazioni, consente al giudice di agire come se fosse il legislatore. 2Horst Widmann, Exil und Bildungshilfe. Die deutschsprachige akademische Emigration in die Türkei nach 1933. Mit einer Bio-Bibliographie der emigrierten Hochschullehrer im Anhang, Bern – Frankfurt, Lang, 1973, p. 7: su quest'opera cfr. infra, nota 14. 3Mario G. Losano, L'ammodernamento giuridico della Turchia (1839-1926). Seconda edizione, Milano, Unicopli, 1985, 155 pp. Sul particolare repubblicanismo kemalista, oscillante ancora oggi fra rappresentanza elettorale e tutela delle forze armate, rinvio al mio Kemal Atatürk, l'autocrate riluttante, in: Tiranía. Aproximaciones a una figura del poder. Edición e Introducción a cargo de Guido Cappelli y Antonio Gómez Ramos, Madrid, Dykinson, 2008, pp. 215-237. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 9 Per aggiornare i giuristi già in servizio e, soprattutto, per formare i giovani, anche la Turchia fece ricorso a consulenti stranieri affinché istruissero gli studenti nelle discipline rinnovate, in attesa che si formasse così una nuova classe professionale e docente autoctona. Questa soluzione valeva per le scienze4 e per la politica5, per la medicina6 e per l'architettura7, per la botanica8 e per il diritto: non bisogna infatti dimenticare che la giovane Turchia aveva bisogno di consulenti stranieri in tutti i campi dello scibile, anche se sarà solo sul diritto che si concentreranno le prossime pagine. Il diritto era insegnato soltanto a Istanbul, in un'istituzione fortemente legata alla tradizione e, quindi, al diritto islamico (cfr. § 5, a). Di fronte alla rivoluzione kemalista questa istituzione aveva assunto un atteggiamento di freddezza: Nel diritto c'erano stati mutamenti radicali, – lamentava il Ministro dell'Educazione, – ma la Facoltà di Istanbul si era limitata a includere le nuove leggi nel suo programma di insegnamento», in un programma cioè strutturato secondo il diritto islamico. In esso «il diritto islamico prevaleva anche solo per il fatto che tutti i docenti (meno un professore francese di dottrina generale dello Stato) si erano formati nelle vecchie strutture giuridiche turche, cioè islamiche, e nel correlativo modo di ragionare, quindi le loro lezioni erano pervase da quello spirito. Era inevitabile che un professore che da un decennio o più aveva insegnato diritto islamico restasse vincolato al mondo spirituale ispirato all'Islam anche dopo che erano entrate in vigore le norme svizzere sul diritto civile e processuale. Se si voleva condurre a termine la laicizzazione, bisognava che le materie più permeate dallo spirito islamico venissero insegnate agli studenti da professori svincolati da questi legami spirituali, cioè da professori stranieri, che fossero vissuti nel mondo spirituale e morale di cui erano espressione i testi legislativi importati9. Sulla generale esigenza turca di europeizzazione si innestarono poi gli eventi europei: l'avvento delle dittature in Europa e le leggi razziali provocarono una forte emigrazioni di tedeschi e, dopo l'Anschluss del 4Friedrich Breusch, Über die deutschen Chemiker an der Universität Istanbul, «Nachrichten aus Chemie und Technik», 22, 1965, pp. 454 ss.; Ayse Üstün, Zweites Vaterland. Deutsche Chemiker im türkischen Exil, «Nachrichten aus der Chemie», Frankfurt a.M., 51 (2003), 2, pp. 152-155. 5Fehmi Yavuz, Ernst Reuter in der Türkei. 1935-1946, Presse und Informationsamt des Landes Berlin, Berlin 1970, 80 pp. Ernst Reuter (1889-1953) insegnò dal 1938 alla Scuola Superiore di Scienze politiche di Ankara; tornato in Germania, come sindaco di Berlino promosse la fondazione della Freie Universität, di cui Hirsch divenne rettore nel 1953 (come si vedrà nella seconda parte dell'articolo). 6Rudolf Nissen, Helle Blätter – Dunkle Blätter. Erinnerungen eines Chirurgen, Stuttgart, Deutsche Verlagsanstalt, 1969, 398 pp. (ristampato nel 2001 da Ecomed-Verlag, Landsberg): ricordi del soggiorno in Turchia dal 1933 al 1939; Katrin Bürgel – Karoline Riener, Wissenschaftsemigration im Nationalsozialismus. Der Kinderarzt Albert Eckstein (1891-1950) und die Gesundheitsfürsorge in der Türkei, Düsseldorf, 2005, 191 pp. [anche in Internet: Digitales Objekt, Quellen und Forschungen aus dem Universitätsarchiv Düsseldorf]. 7Burcu Dogramaci, Staatliche Repräsentation durch Emigranten. Der Anteil deutschsprachiger Architekten und Bildauer an der Etablierung und Selbstdarstellung der Türkischen Republik nach 1933, in Arnold Bartetzky (Hrsg.), Neue Staaten – Neue Bilder? Visuelle Kultur im Dienst staatlicher Selbstdarstellung in Zentral- und Osteuropa seit 1918, Köln, Böhlau, 2005, pp. 61-74. 8È tradotto in tedesco lo scritto del botanico Hikmet Birand, Die Entwicklung des Hochschulwesens in der Türkei und der deutsche Beitrag dazu, Ankara, Ankark Üniversitesi Basimevi, 1960, 29 pp. 9Il discorso tenuto il 1° agosto 1933 dal Ministro dell'Educazione Reşit Galip è riportato in sintesi da Ernst Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten durch die Weimarer Republik in das Land Atatürks. Eine unzeitgemäße Autobiographie, München, Schweitzer Verlag, 1982, p. 209. Questa ricca autobiografia di Hirsch contiene due parti dedicate rispettivamente alla sua infanzia e all'inizio della sua vita professionale. La terza parte, Professore di diritto nel paese di Atatürk, costituisce più di metà del libro e fornisce dettagliate informazioni sull'attività di Hirsch e sul contesto turco in cui egli operava. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 10 1938, di austriaci verso gli Stati Uniti d'America10, verso gli Stati europei ancora democratici11 e anche verso la Turchia. La Germania nazionalsocialista diffidava di questa minoranza professionalmente qualificata ma politicamente disomogenea rispetto alla dittatura della madrepatria, e la teneva d'occhio sia ufficiosamente attraverso le rappresentanze diplomatiche, sia ufficialmente attraverso missioni come quella del 1939 del Ministero dell'Educazione, di cui resta una precisa documentazione12. Su quest'emigrazione intellettuale si è andata formando una vasta letteratura – dapprima soprattutto sui letterati fuoriusciti e, in seguito, anche sugli studiosi in esilio – che non è qui possibile richiamare se non per sommi capi13. In particolare, è necessario limitarci all'esame dell'emigrazione verso la Turchia dei soli docenti universitari di lingua tedesca (tedeschi, austriaci e, data la recezione del codice civile elvetico, anche svizzeri). Un primo orientamento viene da due testi complementari, il primo più generale (Rifugio sul Bosforo. 10Laura Fermi, Illustrious Immigrants. The Intellectual Migration from Europe 1930-1941, Chicago – London, University of Chicago Press, 19712, XI-431 pp. (con brevi cenni alla Turchia nel capitolo: Turkey – A Singular Haven, pp. 66-71); Donald Fleming – Bernard Bailyn (ed.), The Intellectual Migration, Europe and America, 1930-1960, Cambridge (Mass.), Belknap Press, 1969, 748 pp.; «Jahrbuch für Amerikastudien», 1965, Bd. 10 (vari articoli, fra cui uno di Marcuse); René König, Die Situation der emigrierten deutschen Soziologen in Europa, «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie», 11, 1959, pp. 113-131; Helge Pross, Die deutsche akademische Emigration nach den Vereigniten Staaten 1933-1941, Berlin, Duncker & Humblot, 1955, 69 pp.; Norman Bentwich, The Rescue and Achievements of Refugees Scholars. The Story of Displaced Scholars and Scientists 1933-1945, Den Haag, Nijhof, 1953, con cenni su Turkish Universities, pp. 53-56. 11Helmut Müssener, Die deutschsprachige Emigration in Schweden nach 1933. Ihre Geschichte und kulturelle Leistung, Stockholm, Stockholmer Koordinationsstelle zur Erforschung der Deutschsprachigen Exil-Literatur, 1975, 29 pp. 12Klaus-Detlev Grothusen (Hrsg.), Der [Herbert] Scurla-Bericht. Die Tätigkeit deutscher Hochschullehrer in der Türkei , Frankfurt a.M., Dağyeli, 1986, 168 pp. Il titolo completo è Der Scurla-Bericht. Bericht des Oberregierungsrates Dr. rer. pol. Herbert Scurla von der Auslandsabteilung des Reichserziehungsministeriums in Berlin über seine Dienstreise nach Ankara und Istanbul vom 11. – 25. Mai 1939: «Die Tätigkeit deutscher Hochschullehrer an türkischen wissenschaftlichen Hochschulen». 13Sull'emigrazione tedesca in generale: Kurt R. Grossmann, Emigration. Die Geschichte der Hitlersflüchtlinge 1933-1945, Frankfurt a.M., Europäische Verlagsanstalt, 1969, 408 pp.; Helge Pross, Die geistige Enthauptung Deutschlands: Verluste durch Emigration, in Nationalsozialismus und die deutsche Universität, Universitätstage, Berlin 1966, pp. 143-155; Cl. Möller, Die Universität Ankara und ihre deutschen Lehrer, in Franz Schmidt, Deutsche Bildungsarbeit im Ausland nach dem ersten und dem zweiten Weltkriege: Erlebnisse und Erfahrungen in Selbstzeugnissen aus aller Welt, Braunschweig, Westermann, 1956, pp. 259-264; Jürgen Boettcher (Hrsg.), Um uns die Fremde. Die Vertreibung des Geistes 1933-1945, Berlin 1967 (videocassetta), che si rifà a una serie televisiva del 1967 del Sender Freies Berlin dallo stesso titolo. Una scelta di titoli sull'emigrazione di lingua tedesca in Turchia viene qui riportata in ordine cronologico decrescente: Faruk Şen (Hrsg.), Exil unter Halbmond und Stern: Herbert Scurlas Bericht über die Tätigkeit deutscher Hochschullehrer in der Türkei während der Zeit des Nationalsozialismus, Essen, Klartext, 2007, 230 pp.; Georg Stauth (Hrsg,), «Istanbul». Geistige Wanderungen aus der «Welt in Scherben», Bielefeld, Transcript-Verlag, 2007, 289 pp.; Kemal Bozay, Exil Türkei: ein Forschungsbeitrag zur deutschsprachigen Emigration in die Türkei (1933 – 1945), Münster, Lit, 2001, 131 pp. [bibliografia, pp. 126-131]; Sabine Hillebrecht (Hrsg.), Haymatloz – Exil in der Türkei 19331945. Eine Ausstellung des Vereins Aktives Museum und des Goethe-Institutes mit der Akademie der Künste, 8. Januar bis 20. Februar 2000, Akademie der Künste, Berlin, Verein Aktives Museum, 2000, 234 pp.; Cem Dalaman, Die Türkei in ihrer Modernisierungsphase als Fluchtland für deutsche Exilanten, Berlin, Freie Universität, 1998 (dissertazione su supporto elettronico); Karin König, Zuflucht bei den Türken. Die wissenschaftliche deutschsprachige Emigration in der Türkei von 1939 bis 1945, «Mittelweg. Zeitschrift des Hamburgischen Instituts für Sozialforschung», Bd. 6 (1997/98) (1997), 5, pp. 69-79; Philipp Schwartz, Notgemeinschaft: Zur Emigration deutscher Wissenschaftler nach 1933 in die Türkei, Marburg, Metropolis, 1995, 100 pp.; Jan Cremer – Horst Przytulla (Hrsg.), Exil Türkei: deutschsprachige Emigranten in der Türkei 1933-1945, München, Lipp, 19912, 96 pp.; Herbert A. Strauss, Emigration der Wissenschaften nach 1933. Disziplingeschichtliche Studien, München, Saur, 1991, 282 pp.; Herbert A. Strauss, Emigration. Deutsche Wissenschaftler nach 1933; Entlassung und Vertreibung. Aus Anlaß der Ausstellung «Der Kongreß denkt», Wissenschaften in Berlin, 14. Juni bis 1. November 1987, Berlin, Technische Universität, [1987], XVII125 pp. (contiene una List of displaced German Scholars 1936; 1937); Klaus-Detlev Grothusen, Zuflucht bei Kemal Atatürk. Die deutsche Emigration in die Türkei 1933-1945 und ihre Auswirkungen auf die Reform des Bildungswesens, in «Südosteuropa-Mitteilungen» (München), 21 (1981), 4, pp. 49-60; Regine Erichsen, Das türkische Exil als Geschichte von Frauen und ihr Beitrag zum Wissenschaftstransfer in die Türkei von 1933 bis 1945, «Berichte zur Wissenschaftsgeschichte» (Weinheim) 1978, 28 (2005), 4, pp. 337-353. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 11 Scienziati, politici e artisti tedeschi nell'emigrazione 1933-1953, scritto dall'economista Fritz Neumark, egli stesso emigrato in Turchia) e uno più tecnico (Esilio e assistenza formativa. L'emigrazione accademica di lingua tedesca nella Turchia dopo il 1933, del pedagogista Horst Widmann)14. Le epurazioni universitarie nazionalsocialiste costituirono per la Germania un'emorragia intellettuale le cui dimensioni sono oggi quasi dimenticate: «L'opinione pubblica mondiale, – lamenta uno studioso della letteratura in esilio, – non si è ancora fatta un'idea chiara della ricchezza e della molteplicità dei contributi di questo movimento di lingua tedesca, che ha avuto dimensioni mondiali e che in tempi bui ha ben rappresentato la tradizione umana dell'"altra Germania" nei paesi di accoglienza. In particolare, sinora si è fatto poco per raccogliere gli scritti scientifici dei più di 3000 docenti universitari in esilio»15. 3. La formazione di Hirsch: dalla Germania imperiale alla Repubblica di Weimar La vita di Hirsch si è estesa per quasi tre quarti del secolo XX, rendendolo consapevolmente partecipe di tutte le tragedie del suo tempo. L'infanzia e la gioventù di Hirsch si svolsero in una tipica famiglia di ebrei tedeschi liberali e integrati: molti parenti attivi in professioni pratiche e liberali, padre commerciante e consigliere comunale, buone scuole pubbliche caratterizzate da una tollerante convivenza religiosa. Infatti nell'allora Granducato dell'Assia l'istruzione elementare veniva impartita nella «Simultanschule», in cui la religione veniva insegnata in ore distinte per i protestanti (la maggioranza), i cattolici e gli ebrei. Gli appartenenti a ciascuna religione non frequentavano la scuola in occasione delle rispettive festività principali. Le lezioni avevano luogo anche il sabato, cosa che creava problemi agli ebrei ortodossi, che in quel giorno per loro festivo dovevano non solo frequentare la scuola, ma anche svolgere compiti scritti, attività loro proibita il sabato. Però la famiglia di Hirsch non vedeva in questo alcun problema, pur allevando i figli secondo i precetti di una religione ebraica flessibilmente intesa. Tuttavia l'antisemitismo esisteva da tempo in Germania ed avrebbe potuto creare ostacoli alla carriera di Hirsch, che ricorda la risposta di un ministro prussiano della giustizia a un giovane uditore ebreo che, pur avendo l'anzianità necessaria per essere nominato giudice, non era stato promosso: 14Fritz Neumark, Zuflucht am Bosphorus. Deutsche Gelehrte, Politiker und Künstler in der Emigration 1933-1953, Frankfurt a.M., Knecht, 1980, 288 pp.: raccoglie i ricordi su varie personalità emigrate in Turchia dal 1933, in particolare sugli economisti colleghi dell'autore. Neumark descrive soprattutto l'atmosfera, i rapporti personali e la vita quotidiana dell'emigrazione, permettendo al lettore di percepire l'aura di un'epoca ormai conclusa con un'immediatezza che la pura analisi storica non consentirebbe. Esemplare a questo riguardo il capitolo sulla Turchia nella Seconda guerra mondiale, pp. 201-219, e sulla situazione quotidiana di turchi e immigrati all'interno della Turchia, nell'incertezza sulla partecipazione di quello Stato – e con quali alleati – alla guerra stessa. Questo volume è complementare all'indagine storico-biografica di Horst Widmann, Exil und Bildungshilfe. Die deutschsprachige akademische Emigration in die Türkei nach 1933. Mit einer Bio-Bibliographie der emigrierten Hochschullehrer im Anhang, Bern – Frankfurt, Lang, 1973, 308 pp., analitico studio sull'emigrazione tedesca in Turchia dopo il 1933 condotto con un soggiorno pluriennale in Turchia e con diretti contatti con i docenti superstiti. 15Walter Artur Berendson, Deutsche Literatur der Flüchtlinge aus dem Dritten Reich, dattiloscritto inedito del 1968 citato da Widmann, Exil und Bildungshilfe, cit., p. 23 s. (ma esiste un dattiloscritto ciclostilato con lo stesso titolo edito da Universitet i Stockholm, Tyska Institutionen, Stockholm 1968; inoltre a Basilea sono conservati 4 volumi col titolo Deutsche Literatur der Flüchtlinge aus dem Dritten Reich: der Stand der Forschung, Stockholm 1967-1971). Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 12 «L'anzianità c'è, però manca la buona fede» (che si potrebbe anche scrivere «buona Fede», rendendo così esplicito il perfido doppio senso della frase)16. Essendo nato nel 1902, Hirsch conobbe gli orrori della Prima guerra mondiale come studente ginnasiale che prestava servizio all'arrivo dei treni ospedale dal fonte, per trasportare i feriti al lazzaretto di Friedberg in Assia, la sua città natale. Però, dopo la Grande Guerra, si trovò a vivere un periodo di transizione a lui momentaneamente favorevole, nonostante la drammatica situazione tedesca. Nel 1920 aveva terminato le scuole e doveva iniziare l'apprendistato nella banca di uno zio, un'impresa con circa 160 addetti; la Repubblica di Weimar, per rompere con il passato e per risollevarsi dalle enormi difficoltà materiali seguite al trattato di Versailles, puntava non sull'origine nobiliare dei candidati ai pubblici impieghi, come nella Germania imperiale, ma su quella che oggi chiameremmo «meritocrazia»: il suo motto era appunto «Via libera ai bravi!». Però la via non era poi così libera: i bravi avrebbero dovuto lottare sia contro i vecchi funzionari conservatori che non erano stati rimossi, sia contro il crescente caos politico. Si annunciavano infatti tempi violenti. Prima di iniziare a lavorare, Hirsch andò a Berlino per visitare la nonna materna e al suo arrivo, il 20 marzo 1920, respirò subito non la «Berliner Luft», ma l'aria del tempo: proprio in quel giorno si stava svolgendo il putsch di Wolfgang Kapp, rapidamente represso. Giunto tre settimane dopo a Francoforte sul Meno per prendere servizio alla Bankhaus Otto Hirsch, trovò le truppe francesi d'occupazione per le strade. L'apprendistato in quella banca durò un anno e mezzo; poi Hirsch passò alla Facoltà di Giurisprudenza di Francoforte e, di lì, a quella di Monaco di Baviera, che lasciò in lui le impressioni più profonde. L'università di Francoforte era stata fondata nel 1914, sulla base della preesistente Scuola Superiore Commerciale. Quando Hirsch vi si iscrisse nel 1920 alcuni professori provenivano ancora da quella scuola, altri erano di più recente nomina. La personalità che lo colpì di più fu «il docente di diritto del lavoro, l'avvocato Hugo Sinzheimer, scientificamente molto stimato per i suoi fondamentali scritti sul diritto collettivo del lavoro e assai apprezzato anche come penalista, ma politicamente assai controverso come capo della polizia di Francoforte durante la rivoluzione del 1918-1919 e come deputato socialdemocratico nel primo Parlamento della Repubblica di Weimar. Facevano scalpore non soltanto il suo piglio teatrale nel tenere le lezioni, ma anche e soprattutto il suo corso di 'Diritto del lavoro', una materia che allora, nel 1920, era stata introdotta come novità nei programmi di alcune facoltà di giurisprudenza e che connotava in modo specifico la giovane facoltà francofortese»17. Il diritto del lavoro diverrà poi, nel 1924, la materia in cui Hirsch otterrà il dottorato. Nel 1922 Hirsch passò all'università di Monaco, attratto dai suoi eccellenti professori18. Decisivo fu il suo incontro con Ernst Zitelmann, già emerito a Bonn ma nel 1922 professore visitante a Monaco. «Zitelmann non leggeva le sue lezioni; con un foglietto sul palmo della mano sinistra (cui raramente gettava un'occhiata) illustrava a braccio la materia prevista per ogni singola ora, delimitandola con precisione e strutturandola a fondo. Entrava in aula puntuale e tre minuti prima che l'ora finisse riassumeva chiaramente in poche frasi la materia trattata. Non stava in cattedra, ma davanti alla cattedra, a pochi passi dai primi banchi, poneva 16Ernst Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten durch die Weimarer Republik in das Land Atatürks. Eine unzeitgemäße Autobiographie, München, Schweitzer Verlag, 1982, p. 44. Questa ricca autobiografia di Hirsch contiene due parti dedicate rispettivamente all'infanzia e all'inizio della sua vita professionale. La terza parte, Professore di diritto nel paese di Atatürk, costituisce più di metà del libro e fornisce dettagliate informazioni sull'attività di Hirsch come docente di diritto e come consulente governativo, nonché sul contesto turco in cui egli operava. 17Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 111. 18Ivi, p. 122: a Monaco Hirsch studiò, fra l'altro, diritto civile con Ernst Rabel, Wilhelm Kisch ed Ernst Zitelmann, diritto commerciale con Konrad Cosak, diritto penale con Reinhard von Frank ed esegesi delle fonti del diritto romano con Leopold Wenger. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 13 domande all'uditorio, per lo più sotto forma di domande-trabocchetto (Fangfragen), per provocare – a fini didattici – una risposta errata. Io sedevo per lo più in uno dei primi banchi e mi facevo vivo con risposte per lo più errate»19. Hirsch ne ricorda anche l'attenzione verso gli allievi e l'esemplare «correttezza in un tempo politicamente agitato»20, concludendo: «Il suo aspetto, il suo modo di presentarsi e di insegnare, in breve la forza di questa personalità mi affascinò. Possiedo ancora le dettagliate note stenografate prese durante le sue lezioni, note che in seguito, come docente universitario, mi sono state di notevole aiuto nella preparazione delle mie stesse lezioni». Attraverso Zitelmann giunse a Hirsch anche l'eredità di Rudolf von Jhering, come si vedrà nella seconda parte dell'articolo. Le osservazioni di Hirsch sull'atteggiamento politico dei vari professori portano la didattica giuridica di quel tempo, apparentemente neutra, a stretto contatto con le tensioni politiche, poiché egli studiò a Monaco proprio quando «l'assassinio di Walter Rathenau [...] e l'illegale occupazione della Ruhr da parte dei francesi», nel 1922-23, «portarono la Germania sulla soglia della guerra civile». Nell'università di Monaco regnava ancora una certa pax academica, anche se i docenti non nascondevano le loro posizioni politiche: Wilhelm Kisch, che dieci anni dopo, nell'epoca hitleriana, divenne presidente della Akademie für Deutsches Recht, era nato e cresciuto in Alsazia e cercava di nascondere d'essere un 'Wackes' con tirate nazionalistiche; però, quando doveva fare un calcolo alla lavagna, lo faceva in francese, la lingua della sua scuola elementare. [...] Konrad Cosak era iscritto al partito socialdemocratico. [...] Rothenbücher era anch'egli un'eccezione nel professorato monacense – in gran parte legato ai tedesco-nazionali o alla Deutsche Volkspartei – e come docente di diritto pubblico e costituzionale era nettamente schierato dal punto di vista politico, intellettuale, morale e giuridico dalla parte della costituzione di Weimar, dovuta a Hugo Preuss, a lui ideologicamente vicino. [...] Beling faceva lezione di filosofia del diritto tra le 7 e le 8 del mattino e respingeva le lamentele al riguardo dicendo che chi voleva qualcosa di speciale doveva muoversi per tempo. Neumeier, malaticcio e sensibile, teneva le sue monotone lezioni di diritto internazionale privato davanti a pochi studenti: il suo suicidio a causa della presa del potere da parte dei nazionalsocialisti nel 1933 confermò l'idea che, dieci anni prima, io mi ero fatto della sua specchiata personalità21. Gli anni di Monaco, con Zitelmann in particolare, sono gli anni formativi di Hirsch: «A Monaco mi sentivo a casa» o, in altre parole, «a Monaco avevo trovato me stesso: la voce interna che costantemente mi ripeteva di dedicarmi alla scienza si era rivelata una guida sicura. Dovevo continuare per quella strada e percorrerla sino in fondo»22. Però non gli fu possibile seguire la sua vocazione nell'amata capitale bavarese, perché l'inflazione incontrollabile rendeva sempre più difficile la vita di uno studente fuori sede. Perciò nel 1923 Hirsch iniziò il suo settimo semestre nella Facoltà di Giurisprudenza a Giessen, sede poco amata dal suo ammirato Rudolf von Jhering, ma distante solo una trentina di chilometri da Friedberg, dove Hirsch tornò ad abitare nella casa paterna. Tra i docenti di Giessen, il giusprivatista e filosofo del diritto Karl August Emge era un outsider che richiamò l'attenzione di Hirsch sulla sociologia: «Mi è rimasta in mente la sua frase, secondo cui per un professore di diritto civile è più importante occuparsi di sociologia della religione che fare esercitazioni di 19Ivi, p. 122 s. p. 123. 21Ivi, p. 124 s. 22Ivi, p. 125. 20Ivi, Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 14 diritto civile semestre dopo semestre. Allora ci abbiamo riso su, anche perché Emge stesso non sapeva bene se apparteneva alla corporazione dei giuristi, dei sociologi o dei filosofi. Anni dopo mi sono ricordato di quella frase, quando mi sono reso conto di quanto siano strettamente connesse la giurisprudenza e la sociologia»23. L'altro punto di riferimento a Giessen fu per Hirsch «Leo Rosenberg, detto 'Leo' dagli studenti con riferimento alla sua criniera. Era titolare della cattedra di diritto e procedura civile e, con Zitelmann, esercitò la massima influenza sulla mia formazione di giurista. [...] Pronunciava ogni frase giuridicamente cesellata e linguisticamente chiara come se dovesse venir scalpellata nella mente dell'ascoltatore, cosa che in parte avveniva»24. Questo docente, «che sprigionava energia e disciplina come la statua equestre di Colleoni del Verrochio»25, fu il «Doktorvater» di Hirsch nel 1924. Per la tesi di dottorato Leo Rosenberg lo indirizzò verso il diritto del lavoro, una nuova disciplina che si andava affermando nel clima weimariano attento alle questioni sociali, e in particolare gli assegnò un tema sui consigli di fabbrica, allora oggetto di controversie anche aspre26. A Giessen Hirsch conseguì il dottorato il 19 marzo 1923, senza però aver ancora deciso quale carriera intraprendere. Nell'aprile dello stesso anno ritornò alla banca dello zio, questa volta non come apprendista, ma come legale dell'impresa e come prevedibile «erede al trono». La circoscritta attività di legale di una banca privata doveva però essere arricchita da un titolo che comprovasse anche conoscenze pratiche e generali del mondo giuridico. Perciò Hirsch si distaccò di nuovo dalla banca, cui restò legato soltanto con un contratto di consulenza, e intraprese la carriera giudiziaria. Questa scelta implicava tre anni di pratica presso un tribunale, che per Hirsch fu quello di Hoffenbach, e il conseguimento del titolo finale di «Assessor». Il regolamento prescriveva che il primo anno in tribunale fosse seguito da un anno in uno studio d'avvocato, che Hirsch scelse nella vicina Francoforte presso un collega che insegnava anche in quell'università. Poté così continuare a frequentare l'Istituto di diritto commerciale e i corsi in quella materia. «Mi spingeva a partecipare a questi corsi, come posso vedere retrospettivamente, – ricorda Hirsch, – un voce interna che mi indicava la scienza come l'unica professione adatta alla mia vita. Già da tempo mi era chiaro che non sarei divenuto un banchiere. Però neppure la professione di avvocato mi attirava particolarmente. Ero troppo "pignolo", troppo abbarbicato all'oggettività del pensiero e dei giudizi»27. Gli si aprivano dunque due vie: quella del giudice e quella del docente universitario. Vie però quasi impercorribili per chi, come Hirsch, non aveva una tessera di partito e, per di più, era ebreo. Il fidanzamento e il matrimonio nel 1928 con la figlia di un banchiere di Francoforte, Trudl Löwenick, avevano intanto guastato del tutto i rapporti con la famiglia dello zio banchiere, che non aveva visto di buon occhio l'andirivieni del nipote fra banca e università e che aveva progettato per il suo potenziale erede un matrimonio di convenienza tale da rinforzare i legami d'affari della banca. Intanto Hirsch completava il terzo anno di preparazione giudiziaria a Francoforte, sede che comportava il passaggio dal pubblico impiego dell'Assia a quello della Prussia, con l'obbligo di sostenere l'esame finale a Berlino. Proprio quello che voleva Hirsch, per dimostrare le sue capacità e poter così tentare un'abilitazione all'insegnamento universitario a Francoforte. 23Ivi, p. 127. p. 127. 25Ivi, p. 127. 26Il tema della dissertazione era Die Rechtsnatur des Betriebs und der Arbeitsnehmerschaft. Ein Beitrag zum Recht des Betriebsrätegesetz; il rapporto tra imprese e consigli di fabbrica era regolato dalla Betriebsrätegesetz del 4 febbraio 1920; una parte di essa venne pubblicata nel «Jahrbuch der Universität Giessen 1924». 27Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 141. 24Ivi, Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 15 Nel 1929 il ventisettenne Hirsch concluse con la massima qualifica la sua attività preparatoria nel tribunale e, al tempo stesso, presentò il suo scritto per l'abilitazione all'università di Francoforte28. In attesa della nomina definitiva come giudice, nel semestre invernale 1929-1930 iniziò ad insegnare diritto cambiario. Il 14 gennaio 1930 tenne la lezione inaugurale che sanciva la sua abilitazione all'insegnamento universitario per il diritto civile, il diritto commerciale e per il diritto privato tedesco e internazionale29. Nel contempo ricevette la chiamata al Ministero prussiano della Giustizia, per iniziarvi una carriera che si annunciava brillante. Nel 1931 divenne giudice a Francoforte, cioè un «Beamter», un funzionario statale inamovibile e intrasferibile contro la sua volontà: e questo benché egli fosse un non prussiano apartitico ed ebreo. Nel 1930-31 Hirsch ottenne anche una supplenza a Göttingen e per sei semestri insegnò diritto commerciale e cambiario lì e a Francoforte, esercitando contemporaneamente l'attività di giudice. Con ragione poteva scrivere: «Il motto "Via libera ai capaci!" si era rivelato realizzabile»30: ma purtroppo la Repubblica di Weimar erano ormai giunta quasi alla fine. La «Ermächtigungsgesetz» segnò concretamente l'inizio del regime totalitario nazionalsocialista: il 1° aprile 1933 fu il giorno della sua entrata in vigore e anche il giorno del boicottaggio dei negozi ebrei. Però già il 30 marzo Hirsch era stato convocato da un superiore per comunicargli che, su ordine del Commissario Imperiale delle ex province prussiane Assia-Nassau, Roland Freisler, doveva sospendere immediatamente la sua attività giudicante. Il rifiuto di Hirsch venne aggirato mettendolo in ferie, ma il suo allontanamento fu inevitabile. Il 9 maggio 1933 una lettera del rettore di Francoforte convocava «tutto il corpo studentesco al Römerberg per partecipare, la sera di mercoledì 10 maggio, al rogo dei libri marxisti e corruttori (zersetzend). In considerazione dell'alto valore simbolico dell'atto, si gradirebbe che l'intero corpo docente partecipasse all'evento»31. Uno dei libri bruciati erano i casi pratici di diritto commerciale di Hirsch32. Quel maggio 1933 segnava anche per Hirsch – come per tanti altri tedeschi, ebrei e no – l'inizio della deprimente serie di contatti con le università straniere, alla ricerca di una nuova collocazione. In quello stesso anno Hirsch si separò dalla moglie, che si trasferì in Italia con la loro figlia Hannelore, ed emigrò ad Amsterdam. 4. L'emigrazione di Hirsch: dalla Germania hitleriana alla Repubblica Turca. Tra le misure che, nel 1933, sconvolsero la vita di molti tedeschi dopo la presa del potere dei nazionalsocialisti (come la Ermächtigungsgesetz, che trasferiva il potere legislativo al governo, esautorando quindi il parlamento), l'autobiografia di Hirsch menziona l'ordinanza che seguì di un giorno l'incendio del Reichstag (Reichstagsbrandverordnung), che sospendeva le libertà fondamentali, e la legge per la «Rifondazione del pubblico impiego» (Wiederherstellung des Berufsbeamtentum), che in realtà epurava dal pubblico impiego e dalle professioni liberali le persone non gradite al regime33. 28Lo scritto venne in parte pubblicato: Hirsch, Kann der Vorstand einer AG zur Ausführung eines GV-Beschlusses gezwungen werden?, «Zeitschrift für Handelsrecht», 95, 1930, pp. 69 ss. 29Hirsch, Die Vereinheitlichung der wechselrechtlichen Kollisionsnormen, «Juristische Wochenschrift», 1930, pp. 69 ss. 30Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 149. 31Lettera del 9 maggio 1933 del rettore Krieck in Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 156, nota 10. 32Hirsch, Praktische Fälle aus dem Handels- und Wirtschaftsrecht mit Lösungen, Bensheimer, Mannheim et al. 1933, XXIV151 pp.; dopo il rientro di Hirsch in Germania il volume venne ristampato dall'editore Vahlen (Berlin 1957, 1963, 1968). 33Verordnung des Reichspräsidenten zum Schutz von Volk und Staat (Reichstagsbrandverordnung), 28. Februar 1933 (RGBl. I, p. 83); Gesetz zur Behebung der Not von Volk und Reich (Ermächtigungsgesetz), 24. März 1933 (RGBl., p. 141). «Reichstagsbrandverordnung e Ermächtigungsgesetz non sono le denominazioni ufficiali degli atti normativi in Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 16 Hirsch fu uno degli epurati. Non tentò neppure di trovare un'altra occupazione in Germania: grazie ai contatti già presi in Olanda e alla sua conoscenza dell'olandese, partì subito per Amsterdam, dove aveva un alloggio dal luglio 1933. Poté ancora partire legalmente e, nella sua autobiografia, sottolinea che la sua partenza fu «volontaria»: ciò gli sarebbe stato impossibile due anni dopo, quando le leggi razziali di Norimberga, «per la protezione del sangue tedesco e per la protezione dell'onore tedesco»34 privarono gli ebrei di ogni diritto. L'università di Amsterdam gli aveva promesso la cattedra di diritto commerciale per l'anno accademico che sarebbe iniziato nell'ottobre del 1933. Nell'attesa trascorse un periodo sulla costa, dove però quasi subito lo raggiunse la proposta di trasferirsi in Turchia. Ma come potevano sapere, in Turchia, che quel professore dell'università tedesca di Francoforte si trovava in un villaggio della costa olandese? La risposta a questa domanda aiuta a gettare uno sguardo sulla reazione dell'«altra» Germania alle misure repressive di Hitler. a) Un mutuo soccorso per gli scienziati in esilio La legge sull'epurazione nei pubblici uffici aveva subito provocato una prima ondata di fuorusciti. A Zurigo si era riunito un gruppo di questi docenti in esilio, cui nel marzo 1933 si aggregò il medico Philipp Schwartz di Francoforte. Alle sue capacità organizzative si deve la formazione di un gruppo di appoggio ai docenti tedeschi in esilio, il cui numero era destinato ad aumentare. Nell'aprile del 1933 nasceva così a Zurigo un «Consultorio per gli scienziati tedeschi»35, di cui la «Neue Zürcher Zeitung» diede notizia e al quale l'ormai nazificata «Unione delle Università Tedesche» («Verband deutscher Hochschulen») inviò l'«ammonimento» a desistere dalla sua attività, contribuendo così involontariamente alla sua diffusione nell'ambiente universitario tedesco. Subito dalla Germania cominciarono ad affluire richieste di docenti in procinto di emigrare e lo schedario del Consultorio racchiuse ben presto circa 1700 nomi. Con la nuova ragione sociale di «Mutualità degli scienziati tedeschi all'estero» questo ufficio strinse contatti con analoghe istituzioni inglesi, e nel 1936 si trasferì a Londra: ma per i suoi rapporti con la Turchia è qui rilevante soltanto il periodo svizzero. L'espulsione nazionalsocialista dei professori tedeschi coincideva con la rifondazione dell'Università di Istanbul (cfr. § 5, a), di cui la Mutualità ebbe notizia attraverso una cartolina dalla firma illeggibile giunta dalla Turchia. D'altra parte, il rinnovamento dell'università turca era noto in Svizzera perché a un professore svizzero, Albert Malche, era stato affidato il compito di redigere un rapporto sulle misure necessarie per questione, anche se sono di uso comune tanto nel linguaggio corrente quanto nelle opere scientifiche. [...] I titoli ufficiali delle norme in esame suonano neutrali e quasi inoffensivi. Dopo l'incendio del Reichstag, la Verordnung si presenta come lo strumento per "proteggere" dal pericolo comunista il popolo tedesco e il suo Stato: "zum Schutz von Volk und Staat"; con la legge successiva si vuole eliminare lo stato di necessità e di pericolo in cui si trovano il popolo tedesco e il suo Stato: "Gesetz zur Behebung der Not von Volk und Reich". Si enunciano dunque fini condivisibili; ma i mezzi per conseguirli passano attraverso l'abolizione dei diritti sanciti dalla costituzione. La Reichstagsbrandverordnung restò in vigore sino alla caduta del Terzo Reich; l'Ermächtigungsgesetz prevedeva una scadenza (art. 5: "Es tritt mit dem 1. April 1937 außer Kraft"), ma venne sempre prorogata, e nel 1943 un "Führererlaß" la dichiarò valida a tempo indeterminato» (Mario G. Losano, Cenni storici sulle costituzioni tedesche dall'Ottocento a oggi, Milano, CUESP, 2004, p. 146). 34Gesetz zum Schutze des deutschen Blutes und der deutschen Ehre (o Blutschutzgesetz) del 15 settembre 1935 (RGBl. I, p. 1146) è forse la più tristemente nota fra le cosiddette «leggi di Norimberga». 35Sul «Consultorio per gli scienziati tedeschi» («Beratungsstelle deutscher Wissenschaftler») e sulla «Mutualità degli scienziati tedeschi all'estero» («Notgemeinschaft deutscher Wissenschaftler im Ausland»), cfr. Widmann, Exil und Bildungshilfe, cit., pp. 53-61; Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., pp. 173-175; Bentwich, The Rescue and Achievements of Refugees Scholars, cit., p. 17 s. (cfr. supra, nota 10) con notizie anche sulle analoghe organizzazioni inglesi (Academic Assistance Council, Society for the Protection of Science and Learning). Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 17 realizzare quella radicale riforma. Schwarz si mise in rapporto con Malche e ricevette le indicazioni necessarie per iniziare i suoi contatti con la Turchia. Philipp Schwartz compì due viaggi in Turchia, nel luglio e nell'agosto del 1933, per trattare con le autorità turche le modalità anche contrattuali del trasferimento di un primo gruppo di professori tedeschi in esilio. I tempi erano stretti: il primo incontro con il ministro dell'educazione Reşit Galip ebbe luogo il 6 luglio 1933 e l'inaugurazione della nuova università di Istanbul era prevista per il 1° agosto. Kemal Atatürk era direttamente informato delle trattative. Già l'8 luglio Schwartz rientrava a Zurigo, con l'impegno di tornare a Istanbul tre settimane dopo con la lista dei professori disposti a trasferirsi. Il risultato delle trattative aveva superato ogni aspettativa e, nel telegramma con cui si fece precedere a Zurigo, Schwartz annunciava «Non tre, ma trenta», cioè trenta professori esuli per la Turchia kemalista. Però l'ammodernamento delle università turche aveva anche avversari e le inaspettate dimissioni di Reşit Galip, dopo un grave incidente, aprirono un periodo di incertezza, concluso però sul finire dell'agosto 1933 dalla conferma della chiamata dei docenti tedeschi. A Ginevra, alla presenza di Malche e dell'ambasciatore turco, vennero firmati i contratti dei primi docenti: uno dei firmatari era Ernst Hirsch. Schwartz calcola che circa 150 tedeschi fossero giunti a Istanbul nel corso dell'ottobre 1933. Anche se nella nuova università di Istanbul erano presenti altri docenti stranieri (soprattutto francesi, ma anche qualche inglese, svizzero e italiano), il nucleo più numeroso era costituito dai tedeschi, quasi tutti emigrati giunti attraverso la Mutualità zurighese. L'entusiasmo di quel primo incontro con la Turchia si riflette nelle pagine di Schwartz: «Nel corso dell'ottobre [1933] arrivarono quasi tutti i miei amici con le loro famiglie, madri, suocere e assistenti. Erano quasi 150 e li si vedeva dappertutto, alle fermate dei taxi, sull'Istiklal Caddesi [la Grande Route de Pera], nelle moschee, nei musei, sui battelli, sulle isole e soprattutto sulle spiagge. Alcuni venivano direttamente dalla Germania, dove disprezzati e perseguitati avevano spesso lasciato le loro antiche case patrizie; oppure da modeste Boarding Houses inglesi, o da piccole e affollate pensioni parigine, in cui avevano trovato accoglienza come immigranti in difficoltà. Ora vivevano liberi, in uno stato di felice eccitazione, circondati da un popolo ospitale, come immigranti onorati o addirittura viziati»36. Con il passar del tempo, in realtà, non sarebbero mancati i problemi: ma l'arrivo in Turchia era per tutti una liberazione. b) Hirsch verso la Turchia: nuova vita, nuova lingua Spostiamoci ora dal Bosforo alla costa olandese. Mentre Philipp Schwartz tesse la sua tela fra Zurigo e Istanbul, Hirsch sta andando su e giù nel giardino di una casa di vacanze, ma non è in ferie: sta imparando a memoria vocaboli in olandese, in vista delle lezioni che dovrà tenere ad Amsterdam. Lo interrompe una telefonata da Zurigo, con la quale il professor Philipp Schwartz gli chiede se è disposto ad accettare la cattedra di diritto commerciale a Istanbul. Il medico Schwartz veniva da Francoforte, come il giurista Hirsch, ma i due docenti si conoscevano solo superficialmente. Dalla moglie di Hirsch, restata a Francoforte, Schwartz era risalito alla pensione olandese del collega in attesa della chiamata ad Amsterdam. Per decidere quale delle due offerte accettare, Hirsch chiese maggiori notizie sulla cattedra in Turchia, anche perché non si spiegava come il suo nome fosse giunto allo schedario della Mutualità zurighese. In realtà, il suo nome era stato incluso nella lista dei 36Widmann cita queste parole traendole dalla p. 27 del dattiloscritto di Schwartz: Widmann, Exil und Bildungshilfe, cit., p. 60. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 18 docenti da chiamare non a causa degli scritti in cui Hirsch aveva menzionato il diritto della nuova Turchia37, ma in sostituzione di un altro nome. Le notizie sul contratto turco suonavano rassicuranti. Inoltre la Turchia era meno esposta dell'Olanda alle mire espansionistiche di Hitler. Hirsch decise perciò di accettare l'offerta turca e orientò la sua preparazione in funzione della nuova destinazione, anche se la letteratura disponibile era limitata38. Nel settembre 1933 si accomiatò dagli amici olandesi e – giunto a Zurigo evitando la Germania – si incontrò con altri docenti che, come si è visto, firmarono il contratto in presenza di Malche e dell'ambasciatore turco. Hirsch trasferì in Turchia la propria biblioteca, ma a Zurigo comprò ancora numerosi libri giuridici, poiché a Istanbul la situazione delle biblioteche si annunciava disastrosa: in particolare, dopo l'introduzione del diritto occidentale modellato su quello svizzero, erano divenute inutilizzabili le biblioteche colme di libri sul diritto osmanico scritti in caratteri arabi, mentre mancavano ancora i libri occidentali. Il lungo viaggio in ferrovia passava per Vienna, dove Hirsch comprò una grammatica turca: infatti il contratto prevedeva che, dopo tre anni di permanenza in Turchia, i docenti avrebbero dovuto tenere i corsi in turco. Alle difficoltà di una lingua ugro-finnica si aggiungeva la radicale riforma linguistica voluta da Atatürk, la «Mobilitazione per la lingua turca». La «clausola linguistica» del contratto si rivelava così un «assegno in bianco», perché le trasformazioni della lingua furono così imprevedibili e rapide, da mettere in difficoltà gli stessi turchi. Nelle scienze esatte erano state coniate «espressioni scientifiche artificiali, secondo regole arabe, che, proprio a causa della loro artificiosità, non erano state recepite neppure nel linguaggio tecnico dei vicini Stati di lingua araba». Inoltre «gli scienziati sociali e i giuristi ignoravano che le espressioni tecniche che avevano promesso di apprendere derivavano quasi senza eccezione dal diritto islamico (sharia), abrogato già dal 1926, e dal linguaggio di cancelleria della Sublime Porta, pieno di vocaboli di derivazione araba e persiana. I professori tedeschi ignoravano che gran parte della lingua turca che avrebbero appreso fra il 1933 e il 1936 era condannato a scomparire e ad essere sostituito da nuove espressioni, che bisognava ogni volta apprendere ex novo»39. In aiuto a Hirsch venne, oltre alla predisposizione per le lingue e alla non comune capacità di lavoro, anche la giovane età: quando giunse in Turchia aveva trentun anni e poteva quindi contare su una flessibilità mentale meno presente nei colleghi più anziani. L'insieme di queste qualità e il costante contatto con i turchi anche nella vita quotidiana fece sì che Hirsch non solo rispettasse la «clausola linguistica» nel tempo previsto, ma che nei vent'anni di Turchia giungesse a usare correntemente il turco per tenere le lezioni, per redigere progetti di legge e per illustrarli al parlamento turco40. Quasi certamente, fra i professori tedeschi emigrati Hirsch fu quello che meglio si impossessò della lingua turca. 37«Questa supposizione si fondava su una sopravvalutazione della mia fama internazionale», annota ironicamente Hirsch, con riferimento al suo articolo in Handbuch des Handelsrechts, in cui esaminava anche il nuovo codice commerciale turco (Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 175). 38Hirsch ricorda che le sue letture iniziarono con un libro sulla Turchia appena pubblicato: Wilhelmus E. Noordman, Turkije zooals het was en is, Thieme, Zutphen 1933, 262 pp. 39Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 200. 40Ivi, p. 89, nota 28: «Grazie alla preparazione nelle lingue antiche ricevuta al ginnasio mi fu possibile, già dopo tre anni, tenere direttamente in turco le mie lezioni e, pochi anni dopo, ricevere dal governo turco l'incarico di redigere progetti di legge e di presentarli al Parlamento turco». Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 19 5. Gli studi giuridici turchi fra le due guerre mondiali L'onda delle riforme kemaliste che portò Hirsch e i suoi colleghi tedeschi in Turchia stava investendo tutti gli aspetti della vita di quel paese. Essi erano quindi direttamente coinvolti in un impetuoso movimento riformista che, nell'educazione, stava sostituendo il tradizionale sistema islamico con il modello europeo. Come elementi di punta dell'innovazione universitaria, essi vennero a trovarsi nel campo kemalista e inevitabilmente divennero il bersaglio del mondo tradizionalista e conservatore che rifiutava del tutto quelle riforme, o ne chiedeva almeno un'applicazione più graduale. a) La rifondazione dell'Università di Istanbul I professori tedeschi erano partiti ex abrupto per la Turchia a causa del precipitare della situazione tedesca (basta ricordare Hirsch mentre studiava i vocaboli olandesi) e, giunti a Istanbul, si trovarono al centro di una tensione di cui sapevano poco o nulla. Sapevano di dover insegnare la loro materia, ma ignoravano la contesa politica intorno alla «Porta delle Scienze», o Darülfünunu, di Istanbul. Sin dai tempi di Bisanzio esisteva in quella città un istituto di cultura superiore, che con la conquista ottomana del 1453 venne strutturato secondo la tradizione delle scuole coraniche, o medrese41. Sin dal medioevo queste scuole coraniche erano come internati in cui vivevano studenti e docenti, e presentavano caratteristiche simili ai conventi cristiani medievali: ospitavano pellegrini, curavano i malati, alimentavano i poveri, coltivavano i campi che, come fondazioni pie (turco: evâqf, sing. vaqf), appartenevano alla scuola coranica o alla moschea cui la scuola stessa era aggregata. L'insegnamento comprendeva vari rami del sapere, ma era rigorosamente fondato sulla teologia. Il declino delle scuole coraniche iniziò con Solimano il Magnifico (1494-1566) e si protrasse per tutto il Settecento. Le sue cause vanno ricercate soprattutto nell'isterilimento scolastico-teologico e nel conservatorismo spinto, che portava queste istituzioni a rifiutare i contatti con l'Europa. Legate al potere sultanale, il crollo del mondo ottomano segnò anche la loro scomparsa ufficiale. Il rinnovamento degli istituti di insegnamento in senso europeo e sempre più laico era iniziato nel XIX secolo, quando nell'epoca delle riforme (Tanzimat, 1839-1861) alcuni sultani innovatori, prendendo a modello la Francia, distaccarono dalle scuole coraniche gli insegnamenti tecnico-scientifici e la preparazione militare. Nacque così nel 1848 a Istanbul la prima istituzione chiamata «Porta delle Scienze», o Darülfünunu, che alle tradizionali materie affiancava alcune discipline scientifiche di stampo europeo. Osteggiata dai religiosi, questa scuola venne ben presto chiusa; ma nel 1908, con l'entrata in vigore dell'effimera nuova costituzione, rinacque come la «Porta delle Scienze Imperiale», o Darülfünunu Osmani, in cui alle tre discipline tradizionali (teologia, letteratura e scienze) si aggiungevano la scuola di medicina e quella di diritto. Tuttavia non si può ancora parlare di «facoltà» nel senso europeo del termine, e il diritto che vi veniva insegnato era quello islamico e ottomano. Ancora dopo la Prima guerra mondiale il tentativo di modernizzare l'insegnamento superiore a Istanbul (con la chiamata anche di docenti austriaci e tedeschi) incontrò forti ostacoli nel potere religioso cui quell'istituzione era tradizionalmente legata. Infatti l'Impero ottomano aveva partecipato alla Prima guerra mondiale come alleato della Germania e, nel quadro di questa alleanza, i due Stati iniziarono nel 1915 una 41Sulla riforma delle medrese turche: Walther Björkman, Hochschulreformen im neuen Orient (Türkei und Ägypten), «Mitteilungen des Seminars für Orientalische Sprachen an der Friedrich-Universität Berlin», 1931, n. 3, pp. 65-83. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 20 stretta cooperazione scientifica42, che portò a Istanbul una ventina di professori tedeschi, fra cui due giuristi43. Però già nel 1918 la sconfitta militare e la rivoluzione turca bloccarono questo esperimento e, con esso, anche il rinnovamento della tradizionale e tradizionalista «Porta delle Scienze» di Istanbul. All'inizio degli anni Venti la «Porta delle Scienze» constava dunque di cinque medrese, in cui si insegnava rispettivamente teologia, letteratura, scienze, medicina e diritto. Anche se più tardi queste medrese vennero ribattezzate col nome di «facoltà», l'impianto confessionale e tradizionale degli studi restò invariato. In conclusione, il sistema d'istruzione europeo e quello religioso coesistettero per oltre un secolo, il primo in crescita, il secondo in decadenza, ma non senza alterne vicende. Secondo i riformatori kemalisti, dalla trasformazione della «Porta delle Scienze» dipendeva il futuro della Turchia; dalla sua conservazione, sostenevano invece i tradizionalisti, dipendeva la forza intrinseca su cui si era fondato l'Impero ottomano. Si spiega così perché il dibattito sulla «Porta delle Scienze» fosse divenuto un simbolo dello scontro fra rivoluzione e conservazione che attraversava l'intera Turchia, dalle tecniche militari alla lingua, dall'abbigliamento al diritto. «Nei nove anni tra il 1923 e il 1932, – scrive Hirsch – nessuna questione ha agitato l'opinione pubblica turca più del problema del Darülfünunu»44. Una valutazione della situazione universitaria turca venne affidata al pedagogista svizzero Albert Malche di Ginevra, sul cui rapporto di fondò la legge del 1933 che aboliva la tradizionale «Porta delle Scienze», o Darülfünunu, di Istanbul e istituiva la Istanbul Üniversitesi. La scelta della denominazione francese e la soppressione (non dunque la riforma) del tradizionale Darülfünunu erano un chiaro segno della volontà del governo kemalista di rompere con il passato e, in particolare, di troncare il secolare cordone ombelicale che univa la teologia all'insegnamento. Questo non significava però che le resistenze fossero superate. Quando il 18 novembre 1933, durante l'inaugurazione della nuova università, il ministro dell'educazione presentò i singoli futuri docenti, gli applausi furono educati per i docenti nuovi o stranieri, ma scroscianti per i (pochi) docenti che venivano dal Darülfünunu. Il partito religioso era ancora forte anche nella nuova università; ma proprio per questo Atatürk aveva fatto scolpire sul frontone del nuovo edificio le parole: «L'unica vera guida nella vita è la scienza». Non l'Islam. In questa università in agitazione vennero catapultati gli ignari docenti tedeschi in esilio. b) La fondazione dell'Università di Ankara Poiché la facoltà di giurisprudenza doveva formare i quadri del nuovo Stato repubblicano e laico, era consigliabile allontanare gli studenti dall'ambiente conservatore di Istanbul. Per questo Kemal Atatürk nel 1926 fondò nella nuova capitale, Ankara, una nuova Scuola di Diritto di ispirazione occidentale. In realtà si 42Su questo periodo si veda l'autobiografia del funzionario del Ministero degli esteri tedesco che diresse a Istanbul la «Schul- und Kulturkommission»: Franz Schmidt, Ein Schulmannsleben um der Zeitwende. Lebenserinnerungen, Weinheim, Beltz, 1961 (anche: Marburg a. d. Lahn, Kombächer), 172 pp. Insieme con Otto Boelitz ha inoltre curato i tre volumi Aus deutscher Bildungsarbeit im Auslande. Erlebnisse und Erfahrungen in Selbstzeugnissen aus aller Welt, Langensalza, Beltz, 1927-1928: sulla Turchia cfr. vol. 2, pp. 34-74; 75-78; 81-103. 43Uno era il giuspubblicista Walter Schönborn, di Heidelberg (autore di Studien zur Lehre vom Verzicht im öffentlichen Recht, Tübingen, Mohr, 1908, VIII-95 pp.; Recht und Technik im modernen Seekriegsrecht, Kiel, Lipsius & Tischer, 1929, 20 pp.); l'altro, il Dr. Nord, non era un docente di carriera, ma il dragomanno (interprete) del Consolato generale tedesco a Istanbul, che insegnava diritto civile comparato. 44Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 192. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 21 trattava di un internato per la formazione dei nuovi giudici chiamati ad applicare il nuovo diritto; per questa ragione quell'ente dipendeva direttamente dal Ministero della Giustizia. Nel 1927 la Scuola di Diritto venne trasformata in Facoltà di Giurisprudenza e passò alle dipendenze del Ministero dell'Educazione; tuttavia continuò una sua esistenza isolata accanto alle altre facoltà che, intanto, si erano sviluppate nella nuova università di Ankara. La sua trasformazione in una vera facoltà, con corsi di dottorato, fu dovuta nel 1943 alla chiamata di Hirsch che, dopo dieci anni di insegnamento a Istanbul, era ormai un esperto della lingua e del diritto turco. Nella capitale egli era inoltre direttamente a contatto con il governo, che ne apprezzava le doti non solo di insegnante, ma anche di consulente. Questo rapporto di fiducia venne suggellato dalla concessione della cittadinanza turca, che Hirsch conservò sino alla fine dei suoi giorni, anche dopo il suo ritorno in Germania nel 1953. 6. Il contributo di Hirsch al rinnovamento giuridico turco Dopo i dieci anni trascorsi da Hirsch a Istanbul, anche i dieci anni di Ankara furono dedicati alla costruzione di una facoltà di giurisprudenza di tipo europeo, sia nella didattica, sia nelle infrastrutture: prima fra tutte la biblioteca, che andava creata dal nulla, poiché i vecchi libri ottomani erano ormai resi inutili dal nuovo diritto kemalista. Accanto ai libri occidentali da acquistare per le biblioteche bisognava però anche creare una nuova letteratura giuridica specificamente turca, bisognava cioè scrivere manuali e commentari per le nuove leggi turche: anche qui Hirsch non si tirò indietro. L'infaticabile attività di Hirsch va qui sintetizzata esaminando cinque suoi apporti fondamentali: gli apporti alla didattica, alle biblioteche giuridiche, alla stesura di testi giuridici, alla preparazione dei giovani docenti turchi e alla legislazione della nuova Turchia. Hirsch portò in Turchia due innovazioni didattiche nell'insegnamento giuridico. In generale, adottò il metodo che già avevano usato i suoi docenti in Germania, consistente nel dialogare con gli alunni e nel rivolgere loro domande, dalle cui risposte trarre spunti per sviluppare la materia del corso. Questa tecnica costituiva una radicale rottura con la tradizione didattica ottomana, nella quale il professore leggeva un testo, gli studenti lo trascrivevano e lo studiavano a memoria (era il metodo adatto a leggere e commentare un testo sacro come il Corano, fonte anche del diritto islamico); oppure il docente si ispirava alla classica «lezione magistrale» francese. Il metodo di Hirsch si affermò, ma non senza difficoltà. Nel diritto commerciale, che era la sua materia principale, affiancò all'esposizione della materia anche la discussione dei casi pratici, di ispirazione jheringhiana (come si vedrà nella seconda parte dell'articolo). Le biblioteche giuridiche andavano di fatto costruite dal nulla. Anche dove esistevano, come a Istanbul, erano inutilizzabili perché i testi si riferivano al diritto islamico abrogato dalla Repubblica. Hirsch dovette quindi non soltanto indicare quali volumi stranieri acquistare, ma anche organizzarne la catalogazione e le regole per il prestito esterno (in generale ignoto) in un contesto in cui la figura del bibliotecario professionale era pressoché sconosciuta. Si aggiunga che i libri da catalogare erano quasi tutti stranieri, il che rese necessario chiedere un supplemento di lavoro gratuito agli assistenti, che non ne furono entusiasti. Un aiuto alla formazione delle biblioteche delle facoltà di Istanbul e Ankara venne dalle tragiche vicende europee: in Germania gli antiquari ebrei dovettero abbandonare la loro attività, i docenti perseguitati dovettero spesso disfarsi delle loro biblioteche e, infine, molti libri proibiti (perché di autori ebrei) vennero smaltiti all'estero. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 22 Per svolgere una completa attività didattica era però indispensabile la stesura di testi giuridici plasmati sul nuovo diritto turco e, soprattutto, scritti in turco: infatti i testi tedeschi, svizzeri, francesi e italiani erano accessibili soltanto a una minima parte degli studenti. Però, mentre i vecchi testi turchi erano superati e anche illeggibili perché scritti in caratteri arabi, per i nuovi testi in turco si poneva il problema della rivoluzione linguistica voluta dai kemalisti (cfr. § 4, b). La competenza linguistica di Hirsch venne qui messa a dura prova: eppure egli non solo preparò i manuali e i testi in turco necessari alla didattica, ma tradusse anche in tedesco alcune leggi turche, agendo così da mediatore culturale45. È qui necessaria una minima digressione, perché questa mediazione culturale passava per Roma. Infatti Salvatore Galgano, che dirigeva l'Istituto di Studi Legislativi a Roma, aveva incaricato Hirsch di redigere un rapporto annuale sulla legislazione turca. «Si trattava, – precisa Hirsch, – non soltanto di elencare le leggi turche emanate nel corso dell'anno, ma anche di indicarne il contenuto e di tradurle in tedesco, nella misura in cui mi parevano importanti o le ritenevo rilevanti per lo sviluppo giuridico della Turchia»: dunque, un lavoro gravoso soprattutto nel 1935-36, quando le sue «conoscenze linguistiche del turco lasciavano ancora molto a desiderare». Come quasi tutte le mediazioni culturali, anche questa fu non unilaterale, ma circolare: infatti la rivista romana gli permise «di rimanere in contatto, usando il tedesco, con l'ambiente dei colleghi che, in tutto il mondo, si occupavano di comparazione giuridica (nonostante le misure nazionalsocialiste che mi rendevano impossibile pubblicare nel territorio dell'Impero tedesco)»46. Il rapporto con Salvatore Galgano, interrotto durante la guerra, venne riannodato nel 1948, poiché il primo viaggio di Hirsch in Germania passò per Roma, dove abitava la figlia Hannelore47. Ma ritorniamo a Hirsch nelle università di Istanbul e Ankara del 1933-1943. I docenti stranieri dovevano anche curare la preparazione dei giovani docenti turchi, in modo da ristabilire l'autonomia nazionale nell'insegnamento universitario. Sarebbe possibile e augurabile uno studio prosopopeico delle affiliazioni dei singoli studiosi turchi della generazione successiva a quella dei consulenti stranieri: ne risulterebbe, come afferma Hirsch, che quasi tutta quella generazione turca discende dai docenti stranieri. A questo palese successo della politica kemalista un altro va aggiunto, forse più ovvio per gli europei, ma non per una Turchia in transizione dallo Stato confessionale islamico alla Repubblica laica: il numero relativamente alto di donne che furono dapprima assistenti e, poi, docenti delle varie materie. Infine, la nuova Turchia aveva bisogno di nuove leggi di tipo europeo, prodotte da una nuova figura che (nel turbine del rinnovamento linguistico) venne designata con una nuova parola: kodificatör. E Hirsch fu anche kodificatör, poiché a lui si devono direttamente i progetti, poi divenuti legge, del codice commerciale turco, della legge sul diritto d'autore, di quella sui marchi nonché di quella sui brevetti e, indirettamente, la normativa sull'università e su altri temi discussi nei suoi articoli. 45Documentare la ricca produzione scientifica in turco di Hirsch richiederebbe competenze turcologiche che non posseggo. Rinvio perciò alla sua ampia bibliografia in [Ernst Féaux de la Croix (Hrsg.)], Liber Amicorum Ernst E. Hirsch. Eine Bio- und Bibliographie anlässlich seines 75. Gebutstages, Amriswil (Svizzera), Amriswiler Bücherei, 1977, 81 pp., nella quale le sue opere principali sono suddivise per lingua: scritti in tedesco (pp. 65-71) e scritti in turco (pp. 71-77). 46Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 224. I resoconti di Hirsch si riferiscono agli anni dal 1934 al 1936 e sono pubblicati nella rivista dell'Istituto di Studi Legislativi: «Legislazione internazionale», 1937, pp. 943 ss.; 1938, pp. 863 ss.; 1939, pp. 457 ss. Quei resoconti si interruppero con la guerra e vennero completati, per gli anni dal 1939 al 1956, dal suo scritto sulla «Rabels Zeitschrift für ausländisches und internationales Privatrecht», 1958, pp. 81-100. 47Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 346; un ricordo di Salvatore Galgano è legato a Elio Toaff, studente romano all'epoca delle leggi razziali e poi rabbino capo di Roma: «Ma non tutti voltavano la faccia e il giovane Toaff si sentì proporre dal professor Lorenzo Mossa di laurearsi con lui. Egli fu così nella pattuglia degli ultimi studenti ebrei che poterono laurearsi. In quella pattuglia era a Roma il mio fratello primogenito, che trovò egualmente l’angelo protettore nel giurista Salvatore Galgano. Per uomini di legge come Mossa e Galgano fu un atto dovuto e una onorevole sfida» (Bruno Di Porto: I frutti di un giusto, Athenet online, 2006, n. 18 <http://www.unipi.it/athenet/18/art4_1.htm>, accesso del 24 agosto 2008). Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 23 Quando nel 1950 le elezioni sancirono la fine del partito unico, il nuovo governo di Adnan Menderes chiamò al Ministero della Giustizia il presidente della Corte di Cassazione, Halil Özyörük: «Poiché questi mi conosceva personalmente e sapeva dei progetti di legge che andavo preparando da anni, li fece tirar fuori dal cassetto, li spolverò, li fece approvare senza alcuna modifica dal Consiglio dei Ministri come progetti governativi e li presentò al Parlamento: si trattava del mio progetto, rivisto e riformulato nel 1948, di una nuova legge sul diritto d'autore (approvato il 27 ottobre 1950) e del progetto, da me egualmente consegnato nel 1948 al Ministro della Giustizia, di un codice di commercio turco (approvato il 17 febbraio 1951)»48. Quando le commissioni parlamentari discussero quei progetti, fra i rappresentanti del Ministero della Giustizia era incluso anche Hirsch. Queste brevi notizie accademiche, culturali e politiche spiegano quanto i turchi apprezzassero Hirsch, e quanto egli si sentisse a suo agio nella sua seconda patria. Per questo, alla fine della guerra, a differenza di altri suoi colleghi tedeschi in Turchia, tardò fino al 1953 a ritornare in patria. Nella vita di Hirsch, il 1953 concludeva la fase dell'esilio e apriva quella della ricostruzione culturale delle Germania postbellica: nella Freie Universität di Berlino continuò, da un lato, la sua mediazione culturale fra la Germania e la Turchia; dall'altro, promosse una rinnovata scuola tedesca di sociologia del diritto. A questa seconda fase della vita di Hirsch e al suo contributo alla sociologia giuridica tedesca è dedicato il prossimo articolo. 48Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 336. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 24 ERNST HIRSCH (1902-1985): DALL'EUROPEIZZAZIONE DEL DIRITTO IN TURCHIA ALLA SOCIOLOGIA GIURIDICA IN GERMANIA∗ Indice: Parte II. Hirsch come sociologo del diritto. 1. La difficile applicazione del nuovo diritto turco: due esempi: a) Il diritto matrimoniale repubblicano: e la tradizione islamica? b) La trasmissione di beni immobili: senza trascrizione? 2. La sociologia del diritto nell'esperienza multiculturale di Hirsch. a) La predisposizione di Hirsch per il diritto vivente. b) Hirsch sociologo del diritto in Turchia. c) Hirsch sociologo del diritto dalla Turchia alla Germania postbellica. d) Hirsch, "rifondatore della sociologia giuridica tedesca del dopoguerra". 3. Gli scritti socio-giuridici di Hirsch. 4. Esperienza multiculturale, trapianti giuridici e sociologia del diritto. PARTE II. ERNST HIRSCH SOCIOLOGO DEL DIRITTO 1. La difficile applicazione del nuovo diritto turco: due esempi Se il nuovo diritto repubblicano veniva accettato con difficoltà dai giuristi delle grandi città, non è difficile immaginare quali enormi ostacoli abbia incontrato nella popolazione rurale, allora in gran parte analfabeta, legata alla tradizione islamica e lontana dalle infrastrutture necessarie per applicare le nuove norme giuridiche. Quello che si verificò in concreto fu un forte divario fra la validità delle norme giuridiche e la loro efficacia. La predisposizione di Hirsch per il diritto vivente lo spinse ad interessarsi a questo divario e, quindi, ad occuparsi anche della dimensione sociologica del diritto, come si vedrà nei prossimi paragrafi. Prima però è necessario accennare a quanto avvenne in due settori in cui le prescrizioni dei codice di stampo europeo differivano profondamente da quelle tradizionalmente in uso in Turchia: il diritto matrimoniale e la vendita di beni immobili1. a) Il diritto matrimoniale repubblicano: e la tradizione islamica? Nei i primi decenni dopo l'entrata in vigore del nuovo codice civile, i dati statistici sembrano smentire le forme giuridiche asserite nel codice stesso2. Nel 1957 in Turchia venivano contratti annualmente non più di 70.000 matrimoni civili, mentre gli Stati aventi una popolazione analoga a quella della Turchia presentavano un numero di matrimoni che si aggirava tra i 120.000 e i 150.000. Una riprova dell'irregolarità della situazione è fornita anche dal tasso di incremento demografico, pari al 9%, calcolato nei censimenti che si susseguono ogni cinque anni. Il tasso di natalità del 9% è assai elevato ed è quindi caratteristico di uno Stato in cui si contrae un numero elevato di matrimoni. Ancora oggi questa ∗ Fonte: Mario G. Losano, Ernst Hirsch (1902-1985): dall'europeizzazione del diritto in Turchia alla sociologia giuridica in Germania, Parte II. Ernst Hirsch sociologo del diritto, "Materiali per una storia della cultura giuridica", 2009, n. 2, pp. 341-373. 1Per una trattazione più estesa rinvio al mio libro L'ammodernamento giuridico della Turchia (1839-1926). Seconda edizione, Milano, Unicopli, 1985, 155 pp. 2Hifzi Timur, De la publication et de la celébration du mariage en Turquie, «Annales de la Faculté de Droit d'Istanbul», 1956, pp. 166-170; Hifzi Timur, Le mariage civil en Turquie, les difficultés rencontrées, leurs causes, leurs remèdes, «Bulletin international des sciences sociales», 1957, pp. 35-38. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 25 situazione ha un’unica spiegazione: molte coppie hanno contratto matrimonio religioso, e non civile; di conseguenza – ai fini del diritto turco, che è rigorosamente laico – queste coppie non sono sposate e i loro figli non sono legittimi. In Turchia non è previsto un regime concordatario come in Italia, dove il ministro del culto, dopo il matrimonio religioso, legge agli sposi gli articoli del codice civile e conclude così una cerimonia che produce effetti tanto religiosi che civili. In Turchia non esiste un concordato fra lo Stato e l'Islam; anzi, la Repubblica ha uno dei suoi pilastri nel laicismo kemalista, cioè nella rottura con l'Islam che fu la religione ufficiale dell'Impero ottomano. Quindi, nella Turchia repubblicana, i matrimoni o sono civili, o giuridicamente non esistono. Le unioni religiosamente valide ma civilmente illegittime generano conseguenze negative nel diritto ereditario per i figli dei conviventi (figli illegittimi agli effetti del diritto civile). Inoltre la stessa unione dei conviventi non gode di alcuna delle protezioni giuridiche previste dal codice civile turco. Tuttavia ancora oggi non poche famiglie turche preferiscono il matrimonio religioso, nonostante queste conseguenze negative. Questo conflitto tra matrimonio religioso e matrimonio civile avrebbe potuto essere sanato se si fosse adottata una soluzione analoga a quella italiana, in cui al matrimonio religioso vengono riconosciuti anche effetti civili. Un giurista turco, Velidedeoğlu, sostenne nel 1957 l’adozione della soluzione svedese, consistente appunto nel far celebrare il matrimonio anche civile da un ministro del culto, con una procedura simile a quella del matrimonio concordatario italiano. Ciò avrebbe di fatto risolto non pochi dei problemi organizzativi del diritto di famiglia in Turchia, perché gli imam erano così diffusi sul territorio nazionale, da raggiungere la quasi totalità della popolazione: 1’85% della popolazione turca era infatti costituita da contadini sparsi in 40.000 villaggi. A questa soluzione che potremmo chiamare «concordataria» si opponeva però la specifica storia della repubblica turca, perché lo Stato fondato da Kemal Atatürk non poteva contare sulla leale collaborazione del potente clero musulmano. Il principio del laicismo, cui si ispirava l’intera politica della giovane repubblica, e la rigida separazione tra Islam e Stato avevano innalzato una barriera di diffidenza tra il clero islamico e le autorità civili. Il primo si era sentito esautorato dalle proprie tradizionali funzioni esercitate per secoli e non voleva quindi collaborare con il potere repubblicano che sentiva come usurpatore; le autorità civili, invece, diffidavano del clero islamico perché avverso alle riforme e a ogni forma di ammodernamento, cosicché non a torto temevano che, restituendogli una parte del potere, esso lo usasse per ostacolare l’ammodernamento generale della Turchia. La vita familiare dei turchi continuò così a svolgersi su due binari, uno religioso e uno civile. Col passare degli anni, questa contraddizione divenne sempre più evidente. Dieci anni dopo la fondazione della repubblica turca, cioè nei 1933, i figli «giuridicamente» illegittimi ammontavano a vari milioni. In seguito, cioè circa un decennio dopo la promulgazione del codice civile turco, questo proliferare delle famiglie illegali e dei figli illegittimi era diventato un vero e proprio problema politico e sociale. La funzione innovatrice e promozionale del nuovo diritto non aveva avuto successo: la vita non si era adeguata alle norme e, di conseguenza, non restava che adeguare le norme alla vita. La legge n. 2330 del 26 ottobre 1933 (nota come legge di amnistia per il decimo anniversario della proclamazione della Repubblica turca) riconosceva le unioni religiose e, in questo modo, rendeva legittimi i figli nati da esse. Lo Stato turco introduceva con questa legge una sanatoria per il passato, ma per questa via non intendeva abrogare le norme del codice civile: concedeva perciò un anno di tempo per iscrivere nel registro di stato civile tanto i matrimoni religiosi quanto i figli nati da essi. Il testo della norma è il seguente: Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 26 «Se i coniugi conviventi, che si siano uniti nel periodo dall'entrata in vigore del codice civile sino alla pubblicazione della presente legge [cioè per le unioni religiose fra il 1926 e il 1933], hanno un figlio, la loro convivenza è equiparata all'aver contratto matrimonio, cosicché queste unioni di fatto vengono considerate matrimoni e i figli che ne sono nati vengono registrati come legittimi». A questo punto sorgeva però il problema di chi aveva seguito la tradizione islamica della poligamia. Anche questi casi non erano pochi e venivano sanati nel seguente modo: «Se però l'uomo è già sposato, queste norme non trovano applicazione. In base alle prescrizioni precedenti vengono registrati come legittimi soltanto i figli nati da queste unioni. La registrazione deve avvenire entro un anno» dall'entrata in vigore della legge, cioè entro l'ottobre 19343. Il contrasto radicale tra le consuetudini della popolazione e la legislazione del potere centrale era evidente. Nonostante la sanatoria del 1933, i matrimoni religiosi e le conseguenti filiazioni giuridicamente illegittime continuarono con immutata intensità. Inoltre la sanatoria non venne chiesta per molti dei casi esistenti, cosicché dopo un anno il problema tornò a riproporsi negli stessi termini in cui si era posto prima della legge di sanatoria del 1933. Fu necessario emanare una nuova legge il 9 luglio 1934, che intimava di denunciare entro un mese e mezzo i casi di irregolarità nello stato civile (cioè matrimoni e nascite), al fine di includerli gratuitamente nel registro di stato civile. Poiché una delle cause della mancata adesione all'invito del 1933 erano state anche le grandi distanze fra i villaggi e gli uffici di stato civile, il termine per regolarizzare le situazioni venne esteso per certe località a due anni e poi ancora fino al 1° gennaio 1940. Questo reiterarsi di misure rivela una diffusa resistenza alle nuove regole; tuttavia nel 1934 vennero regolarizzate per questa via 631.471 matrimoni, che salirono a 852.676 nel 1939. Per intervenire alla radice del problema, il Ministero della Giustizia incaricò vari istituti di diritto delle università turche di compiere un’indagine sociologica su questo problema. Esso fece anche svolgere un’inchiesta a livello nazionale nel 1941. Nonostante questo sforzo per conoscere la realtà su cui intervenire legislativamente, la dicotomia tra matrimoni religiosi e matrimoni civili non poté essere eliminata. Il legislatore dovette perciò intervenire altre volte ancora, nel 1945, nel 1950, nel 1956, sempre al fine di sanare le situazioni di fatto e di evitare conseguenze gravi per la vita economica e sociale della Turchia4. L’art. 1 della legge del 1956 prevede la trascrizione dei matrimoni di fatto o religiosi, considerandoli validi agli effetti civili, allorché presentano quattro caratteristiche: 1. le unioni religiose o di fatto devono essere state contratte nel periodo che intercorre tra la data di entrata in vigore del codice civile (4 ottobre 1926) e la data di pubblicazione della legge del 1956; 2. le parti devono dimostrare di aver convissuto more uxorio nel periodo considerato; 3. non devono esistere impedimenti giuridici al matrimonio civile; 4. le due parti devono dare il consenso alla trascrizione del loro matrimonio come matrimonio civile. Il matrimonio così «legittimato» aveva anche l’effetto di sanare la situazione dei figli, che – con la registrazione del matrimonio – divenivano figli legittimi a tutti gli effetti giuridici. 3Traduzione del testo tedesco riportato da Gotthard Jäschke, Die Form der Eheschliessung nach türkischem Recht. Ein Beitrag zum Internationalem Privatrecht, Leipzig, Otto Harrassowitz, 1940, p. 28. 4Le leggi in questione, analoghe per contenuto a quelle del 1933, dovrebbero essere le seguenti: Legge del 30 maggio 1945, N. 4727; Legge del 1° febbraio 1950, N. 5324; Legge del 30 gennaio 1956, N. 6652. Senza la possibilità per ora di compiere un riscontro sulle fonti turche, questi dati, di per sé esatti, potrebbero essere incompleti. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 27 Dato il lungo periodo di tempo preso in considerazione dalla legge (cioè trent'anni, dal 1926 al 1956) non mancarono numerose complicazioni, legate anche al fatto che la mentalità islamica concepiva il rapporto di poligamia come un rapporto non riprovevole, anche se formalmente vietato dall’art. 237 del codice penale. Poteva così avvenire che un uomo sposato civilmente convivesse more uxorio con una donna libera e da questa avesse dei figli. Il matrimonio a questo punto non era trascrivibile, in base alla legge del 1956, perché era presente un impedimento al matrimonio civile, e precisamente il fatto che una delle due parti era già sposata. Il legislatore volle tuttavia estendere al massimo la sanatoria e attribuì la qualifica di figli legittimi anche a quelli nati da unioni non trascrivibili sul registro di stato civile. Queste tradizioni famigliari devono essere oggi valutate con equilibrio, senza ritenere che l'ammodernamento abbia del tutto cancellato il matrimonio islamico, ma al tempo stesso senza immaginare che la società turca sia globalmente arretrata. Di certo è una società con un forte senso della tradizione, che oggi tende a manifestarsi con rinnovato vigore. Nel 1990 due giuristi turchi scrivevano: «La famiglia tradizionale turca è una famiglia rurale e religiosa. D'altra parte il codice civile turco, derivato dal codice civile svizzero, si fonda su un modello prevalentemente laico. Di conseguenza, per una parte considerevole della popolazione è sorta qualche contraddizione tra la pratica tradizionale e il diritto. Per esempio, in Turchia sono validi soltanto i matrimoni civili celebrati da un funzionario a ciò autorizzato. Comportamenti contrari sono punibili. Eppure ci sono ancora molti matrimoni religiosi celebrati prima del rito civile. Benché questi matrimoni non siano validi, vengono periodicamente emanate leggi di sanatoria che permettono la registrazione di questi "matrimoni consensuali" se dall'unione è nato un figlio e non esistono impedimenti al matrimonio»5. Per far fronte a questo retaggio che non si estingue, il legislatore turco ha dovuto intervenire sul diritto di famiglia modificando il codice civile del 1926 nel maggio 1988, nel novembre 1990 e nel maggio 1997. Infine la nuova versione del codice civile, entrata in vigore il 1° gennaio 2002, ha innovato anche il diritto di famiglia6. b) La trasmissione di beni immobili e la trascrizione In una società prevalentemente agricola, come quella turca negli anni Venti, il problema del trasferimento dei fondi assumeva una particolare importanza. Dopo la rivoluzione kemalista, per il diritto fondiario si verificò una situazione analoga a quella già esaminata per il diritto di famiglia: le disposizioni giuridiche di tipo europeo venivano rispettate soltanto in misura limitata, mentre continuavano i comportamenti fondati sulle tradizioni e, in particolare, sul diritto islamico. Nel diritto ottomano il registro fondiario era stato istituito già nel 1874 secondo i criteri propri dell’Europa occidentale, però il suo funzionamento era sempre stato approssimativo. Anteriormente a questa data, le proprietà immobiliari venivano trasmesse come se si trattasse di beni mobili e l’atto di compra-vendita veniva registrato nei censimenti. Il registro fondiario del 1874 desunse quindi le proprie informazioni o dalle iscrizioni sui registri dei censimenti, o da atti privati comunque acquisiti. 5Aydoğan Özman – Lale Sirmen, The Legal System of Turkey, in Kenneth Robert Redden (Ed.), Modern Legal Systems Cyclopedia, Buffalo (NY), Hein, 1990, vol. 5, Part II, Chapter 12, pp. 5A.20.29. Anche questi dati, di per sé esatti, potrebbero essere incompleti. 6Con questa riforma si entra nell'ambito del diritto vigente, per il quale rinvio al manuale pratico di Christian Rumpf, Einführung in das türkische Recht, München, Beck, 2004, p. 112 ss., e alla letteratura ivi citata. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 28 Il vero problema non era però la documentazione del diritto di proprietà, bensì la struttura della proprietà fondiaria in uno Stato teocratico. Alla fine del secolo XIX, nell'Impero ottomano la grande maggioranza delle terre erano di proprietà dello Stato, che accordava al privato una specie di usufrutto tramandabile di padre in figlio. Questo possesso, nel corso del tempo, finiva per generare un diritto di proprietà, diversa però dalla proprietà fondiaria tipizzata dai codici europei di origine romanistica. I beni immobili venivano trasmessi per contratto ma senza trascrizione, anche al fine di evitare il pagamento delle imposte connesse con quest'ultima operazione. Ovviamente i problemi sorgevano in caso di conflitto. Il privato si difendeva fornendo prove di donazioni o di eredità, ovvero documenti contrattuali che comprovassero un acquisto tra privati. Naturalmente questa controversia non poteva essere portata davanti ai tribunali dello Stato, ma veniva decisa in seno al villaggio, secondo criteri non strettamente giuridici. In queste condizioni era ben difficile che una lite potesse giungere a una conclusione definitiva, e infatti sembrano diffuse le liti trascinate di padre in figlio. Questo d’altronde non stupisce in una società contadina: anche in una struttura più organizzata, come quella italiana, le cause fondiarie durate generazioni non sono affatto rare. Il diritto fondiario presenta un parallelismo con il diritto di famiglia per quanto riguarda la reazione del legislatore di fronte alla discrepanza tra realtà giuridica e realtà economica: anche nel campo del diritto fondiario si moltiplicarono leggi di sanatoria e disposizioni in deroga al codice civile, che adattarono così alla situazione locale il diritto turco, allontanandolo dal modello originariamente desunto dalla Svizzera,7. Dopo la fondazione della repubblica turca, nel 1923, l’attenzione dei kemalisti si rivolse anzitutto all’agricoltura, principale risorsa economica del paese. Si tentò di ristrutturare il registro fondiario, ma l’operazione ebbe successo soltanto in zone limitate del territorio nazionale. Nel 1926 – prima ancora dell'entrata in vigore del nuovo codice civile – la legge 810 regolò espressamente l’iscrizione degli immobili non immatricolati. Essa mirava a eliminare le divergenze più macroscopiche tra le situazioni fondiarie reali e le registrazioni catastali, che spesso si riferivano a situazioni estinte da decenni. Il legislatore kemalista si proponeva di effettuare una nuova registrazione su vasta scala di tutti gli immobili8. L’intero settore del diritto fondiario venne rivoluzionato dall’introduzione del codice civile svizzero, che si fondava però sul presupposto del buon funzionamento di un apparato amministrativo ancora assente in Turchia. L’art. 633 del codice civile turco riproduceva infatti l’art. 656 del codice civile svizzero, e prevedeva che, per l’acquisto della proprietà fondiaria, occorresse l’iscrizione nel registro fondiario. L’istituzione di questo registro era poi espressamente prevista dall’art. 910 del codice civile turco, che recepiva l’art. 942 del codice civile svizzero. Anche gli articoli 37, 38 e 40 delle disposizioni finali e transitorie del codice civile turco richiamavano l’importanza dell’iscrizione nei registri immobiliari. Senza scendere in dettaglio, si può dire che – sul piano giuridico-formale – il codice civile turco introdusse anche per i contadini dell’Anatolia un sistema analogo a quello in vigore nei paesi dell’Europa occidentale. La situazione concreta era però profondamente diversa e, di conseguenza, il legislatore civile turco si trovò ben presto a dover fare i conti con la realtà degli immobili non registrati9. 7I. E. Postacioglu, Quelques observations sur les techniques des Codes étrangers à la lumière de l'expérience turque, «Annales de la Faculté de Droit d'Istanbul», 1956, pp. 63-74. 8Hifzi Veldet Velidedeoglu, Les fonds de terre non inscrits, «Annales de la Faculté de Droit d'Istanbul», 1954, pp. 232265. Come data della legge 810 viene indicato il 19 aprile 1926 in questo articolo e il 29 marzo 1926 in un altro. 9Anche nelle disposizioni del codice civile turco, secondo la tradizione romanistica, esistono proprietà immobiliari non registrate: si tratta della formazione di nuove terre, ovvero dell’acquisizione per occupazione o per prescrizione, di cui non è possibile occuparci in questa sede. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 29 L’entrata in vigore del codice civile turco portò all’abrogazione della legge del 19 maggio 1926, n. 810, di cui si è appena parlato. Essa era infatti la legge con cui si tentava di risolvere il problema dei registri immobiliari e del catasto, parallelamente al dibattito sul nuovo codice civile. Quella legge prevedeva una procedura molto snella per la registrazione degli immobili non accatastati. Con la sua abrogazione e con il subentrare della più complessa normativa del codice civile, i funzionari del registro fondiario incominciarono a incontrare tali difficoltà, da dover chiedere l’intervento dell’Assemblea Nazionale. Il primo intervento parlamentare di quest’ultima consistette nella risoluzione n. 501 dell’11 maggio 1929, in cui sostanzialmente veniva limitato l’ambito di applicazione delle norme del codice civile. Questa risoluzione sostiene che l’abrogazione della legge 810 non implica che il proprietario senza titolo, ma desideroso far registrare la sua proprietà, non possa più ricorrere alla registrazione diretta, evitando il passaggio attraverso i tribunali. Il ricorso al giudice e alla più complessa procedura davanti al tribunale era prevista come necessaria soltanto se l’immobile fosse già iscritto nel registro fondiario, però al nome di una persona diversa dall’attuale proprietario: se l’attuale possessore di fatto desiderava che la trascrizione venisse effettuata a suo nome doveva passare attraverso il tribunale. Questa risoluzione costituiva una misura di tamponamento di fronte alle crescenti difficoltà del registro fondiario, tanto che la stessa Assemblea Nazionale dovette ritornare sul medesimo tema quattro mesi dopo, emanando la legge dell’8 settembre 1929, n. 1515. Essa riguardava la cancellazione dal registro fondiario delle iscrizioni che avessero perso ogni valore giuridico. Si era infatti verificata una situazione concreta da cui derivavano forti tensioni sociali: l’introduzione delle disposizioni europee aveva fatto sì che i detentori di fatto di un bene immobile iscritto nel registro fondiario in capo a un’altra persona potessero essere considerati come usurpatori del fondo, con le conseguenze stabilite dalla legge per questo reato. La legge prevedeva, all’art. 1, che gli edifici e i terreni iscritti al registro fondiario che avessero cambiato proprietario senza atto autentico potessero essere immatricolati dagli uffici del registro fondiario al nome dei detentori di fatto che esercitassero da almeno 15 anni ininterrottamente il possesso sul fondo medesimo. Per evitare abusi, veniva tuttavia concesso un termine di tre anni, entro cui gli interessati potevano ricorrere al tribunale contro l’acquisizione così avvenuta. Salvo questo ricorso, l’intera materia era affidata all’ufficio del registro fondiario, proprio per attuare con la massima rapidità questa riforma. La discordanza tra diritto scritto e realtà economica perdurò a lungo. Ventinove anni dopo l’entrata in vigore del codice civile, il catasto e l’organizzazione catastale non erano ancora condotte a termine10. Dai risultati dell'inchiesta svolta tra il novembre 1949 e il dicembre 1952 da Paul Stirling11 si può concludere che, all’inizio degli anni Cinquanta, esisteva di fatto un’economia contadina parallela alle disposizioni del codice civile. Il continuo scontrarsi tra situazioni di fatto e disposizioni giuridiche si prestava però ad abusi, specialmente se la soluzione delle controversie era affidata ad autorità amministrative. Di conseguenza, il legislatore turco intervenne ancora una volta in questa materia con la legge del 21 gennaio 1950, n. 5519. Con essa, l’amministrazione del registro fondiario perse il potere d’inchiesta sulla titolarità effettiva dell’immobile, che, da quel momento, dovette essere accertata dal tribunale. Veniva così sanata una situazione che durava dal 1944, quando la Corte di Cassazione turca aveva stabilito che le richieste di registrazione in base alla legge 1515 del 1929 potevano essere indirizzate tanto 10Hifzi Veldet Velidedeoglu, Les fonds de terre non inscrits, «Annales de la Faculté de Droit d'Istanbul», 1954, p. 112 e 118. Stirling, La propriété foncière, le mariage et le droit dans les villages Turcs, «Bulletin international des sciences sociales», 1957, pp. 21-35. 11Paul Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 30 agli amministratori del registro fondiario, quanto ai tribunali: la scelta dell’una o dell’altra via era libera e spettava agli interessati. Una situazione di questo genere non era tuttavia accettabile sul piano della certezza del diritto: per questo "la legge del 1950 esautorava completamente l’amministrazione del registro fondiario e trasferiva per intero ai tribunali il potere di accertamento della titolarità effettiva su un determinato immobile. In questa decisione ha sicuramente avuto un peso anche il progressivo assestamento del regime immobiliare turco, per cui non era più necessario ricorrere a misure drastiche purché rapide per sanare situazioni di fatto accumulatesi nei decenni di incuria dell’Impero ottomano. I frutti della legislazione fondiaria di stampo kemalista non avevano ancora portato a una situazione pari a quella europea continentale, ma avevano comunque introdotto una maggiore chiarezza rispetto alla situazione anteriore agli anni Venti. Se dall’analisi della legislazione si passa all’analisi della giurisprudenza, è facile rendersi conto delle difficoltà in cui si sono dibattuti i giudici turchi. La Corte di Cassazione venne ben presto investita dal problema della titolarità dei beni reali non regolarmente registrati. Per non generare contrasti tra la situazione effettiva e le disposizioni legali, nei quasi dieci anni successivi all’entrata in vigore del codice civile la Corte non elaborò una chiara linea a favore o della piena tutela della situazione di fatto, oppure del pieno rispetto della lettera del codice civile. Soltanto 1’8 marzo 1936, a sezioni riunite, la Corte di Cassazione turca decise che la registrazione formale era l’unico elemento giuridicamente valido per attribuire la proprietà. Il 22 novembre 1944 ribadì ancora questa posizione: «Dato che l'immobile come tale non può essere validamente alienato indipendentemente dal diritto di proprietà e dai diritti di disposizione a cui è legato, poiché la vendita senza registrazione di un immobile non iscritto e la sua consegna all’acquirente sono da considerarsi giuridicamente nulle, colui che vende può reclamare l’immobile in questione». Questa decisione è strettamente conforme alla lettera dell’art. 633 del codice civile turco, corrispondente all’art. 656 del codice civile svizzero. Infatti, dal punto di vista giuridico, la proprietà immobiliare si acquista soltanto attraverso l’iscrizione nel registro fondiario. Una vendita dell’immobile non seguita dalla relativa trascrizione non è una vendita né produce il trasferimento della proprietà; il proprietario che ha ceduto irregolarmente il bene ne conserva la proprietà, mentre il compratore non l'acquista. Questa presa di posizione della Corte di Cassazione, conforme alle disposizioni del codice civile turco e conforme alla mentalità dell’Europa continentale, provocò violente reazioni in Turchia, perché venne ritenuta contraria a ogni sentimento di equità. Anche dopo il 1944, infatti, la cessione di beni immobili continuava ad avvenire spesso in modo informale; colui che aveva acquistato un immobile non registrato mediante un contratto, un atto notarile o un atto privato poteva essere costretto – sulla base di questa decisione della Cassazione – a restituire il bene così acquisito al precedente proprietario (il quale formalmente non aveva mai perduto la proprietà del bene stesso). L’acquirente doveva poi intentare un’azione personale per ottenere la restituzione della somma pagata come corrispettivo del bene non ricevuto. A vent’anni dall’entrata in vigore del codice civile turco, la situazioni non era ancora chiarita e il 9 ottobre 1946 la Corte di Cassazione turca dovette ritornare sull’argomento per unificare la giurisprudenza delle sue sezioni. Questa volta ritenne necessario seguire non più le norme giuridiche del codice civile, ma la realtà economica e sociale della Turchia. Venne così introdotta una distinzione tra la proprietà di fatto degli immobili e la proprietà in senso giuridico. Questa distinzione permetteva di tenere conto delle cessioni di proprietà degli immobili non registrati: la sentenza stabiliva infatti che il codice civile turco riteneva diritto di proprietà in senso proprio soltanto quello che si atteneva alle prescrizioni della parte 3a del libro IV, dedicata ai diritti reali, e perciò limitava a questi ultimi la cessione formale richiesta dal codice (cioè la cessione accompagnata dall’obbligo della trascrizione). D'altra parte, però, la cessione attraverso atto privato veniva accettata per quei beni immobili che non fossero stati registrati. Ci si discostava così dalla tradizione europeoCadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 31 continentale, ma si sanavano le situazioni di fatto che non era stato possibile eliminare mediante l’introduzione della normativa di tipo svizzero del 1926. Dopo questa sentenza della Corte di Cassazione, un immobile non iscritto al registro poteva essere trasmesso all’acquirente con un semplice atto di compra-vendita e con l’effettiva consegna del bene stesso; al tempo stesso, contrariamente a quanto accadeva prima, il venditore non poteva più intentare un’azione per ottenere la restituzione del bene. Questa accettazione della realtà turca si rifletteva anche nel diritto ereditario: la trasmissione mortis causa di immobili non iscritti al registro veniva considerata valida anche dal punto di vista giuridico. A conclusione di queste complesse vicende nella trasmissione degli immobili – qui esposte in forma semplificata – si può osservare che la vita è riuscita a prevalere sul diritto o, per usare le parole di Hirsch, che il diritto è riuscito a prevalere sulla legge. Il legislatore turco, partito da norme giuridiche di stampo europeo, ha cercato di attuarle rigorosamente, ma si è scontrato con difficoltà organizzative e con tradizioni radicate, che hanno reso impossibile introdurre quella reale innovazione in modo generalizzato. Attraverso l’attività giurisprudenziale, il rispetto delle tradizioni sociali e degli usi commerciali turchi ha finito per prendere il sopravvento. Pur essendo regolate da norme originariamente uguali, la situazione attuale della Turchia è di conseguenza diversa da quella svizzera. La tradizione turca ha innovato la normativa di stampo svizzero, introducendo accanto ad essa una situazione – riconosciuta dalla Corte di Cassazione – in cui, accanto ai diritti reali di tipo europeo occidentale, trasmissibili soltanto secondo rigide formalità, esiste un diritto immobiliare sui generis, che si potrebbe chiamare il «diritto di proprietà sugli immobili non registrati»: benché oggetto di questi diritti sia un bene immobile, viene riconosciuto al possessore la possibilità di alienarlo come se si trattasse di un bene mobile. Anche il trasferimento di proprietà, in questo caso, è diverso da quello originariamente previsto dal codice civile turco: riconosciuto questo tipo di diritto immobiliare sui generis, il passaggio della proprietà deve necessariamente avvenire con la consegna del bene, dal momento che la registrazione del bene non ha avuto luogo. Il diritto turco si trova così ad avere un duplice regime immobiliare, di stampo europeo per gli immobili registrati e di stampo consuetudinario locale per quelli non registrati. Questa situazione non deve però far ritenere che il legislatore turco abbia rinunciato a portare a termine un accatastamento dei fondi. Nello stesso anno in cui la Corte di Cassazione – per evidenti motivi di equità – riconosceva come esistente nella realtà sociale una situazione in contrasto con il codice civile, l’Assemblea Nazionale emanava la legge del 16 marzo 1950, n. 5602, con la quale cercava di eliminare alla radice le cause di quell’anomala giurisprudenza. In quella legge veniva riproposta la formazione e l’aggiornamento di un registro fondiario e di un catasto. Ancora una volta si metteva in moto il meccanismo che caratterizza l’intera evoluzione giuridica della Turchia kemalista: la legislazione avanzata di tipo europeo si alterna a pause e ad arresti dovuti alla tradizione locale, per poi riprendere il suo cammino dopo aver sanato giuridicamente la situazione di fatto esistente. Col tempo un numero crescente di cittadini va chiedendo la trascrizione del fondo venduto e, in questo modo, sempre più fondi divengono fondi registrati: anche in Turchia si va così progressivamente generalizzando il modello europeo di cessione della proprietà fondiaria. Ma la sostituzione di una tradizione secolare richiede almeno decenni. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 32 L'esperienza di banchiere, di giudice, di avvocato e di docente di diritto commerciale aveva fatto di Hirsch un giurista aperto al diritto vivente. Anche il suo metodo didattico legato alla discussione di casi concreti è una prova del suo predominante interesse per il diritto «in azione», più che per il diritto «nei libri». In Turchia, la differenza fra questi due approcci allo studio del diritto risultava particolarmente evidente a causa del contrasto fra il diritto rivoluzionario e la tradizione sociale, come si è appena visto nel caso del diritto familiare e del diritto immobiliare. Questa particolare situazione della Turchia incentivò l'interesse di Hirsch per la sociologia del diritto. 2. La sociologia del diritto nell'esperienza multiculturale di Hirsch Giungendo nella Turchia kemalista, anche il più incallito giurista dogmatico avrebbe dovuto fare i conti con la sociologia generale. Il positivismo comtiano era alla base dell'ideologia dei teorici del nazionalismo e il «solidarismo» francese aveva ispirato la visione politica dei kemalisti12. Questo ambiente permeato di sociologismo influì sull'evoluzione intellettuale di un giurista attento al diritto vivente come era Hirsch quando, nel 1933, giunse a Istanbul e ancora più quando, nel 1943, giunse ad Ankara. a) La predisposizione di Hirsch per il diritto vivente La sociologia affiora nella vita intellettuale di Hirsch più che in altri giuristi positivi: se questo sia il segno d'una predestinazione o un itinerario culturale costruito ex post può essere discusso. I punti fermi restano, e costituiscono un preludio alla sua visione sociologica del diritto. Il primo di essi è legato a uno dei suoi docenti più apprezzati nel 1923, nell'anno trascorso ancora studente a Giessen. Come si è visto nel precedente articolo, il giusprivatista e filosofo del diritto Karl August Emge aveva asserito che «per un professore di diritto civile è più importante occuparsi di sociologia della religione che fare esercitazioni di diritto civile semestre dopo semestre». Anni dopo Hirsch constatava: grazie all'esperienza turca, «mi sono reso conto di quanto siano strettamente connesse la giurisprudenza e la sociologia»13. Ancora più importante, durante il suo studio a Monaco nel 1922, fu l'influenza di Zitelmann, la quale lo accompagnò per tutta la vita. Hirsch partecipò in prima persona ai seminari di Ernst Zitelmann e fu anzi uno dei solerti allievi che, dai primi banchi, rispondevano ai suoi quesiti. I Casi giuridici14, usati da Zitelmann nel suo insegnamento, costituiscono l'anello di congiunzione fra la tecnica didattica di Hirsch e la visione del diritto vivo propria del secondo Jhering15. 12Per approfondire il tema dei rapporti fra la sociologia europea e gli intellettuali turchi rinvio alla bibliografia citata nel mio saggio: Mario G. Losano, La questione sociale, il «Solidarismo» francese e la recezione di Durkheim in Turchia, «Sociologia del diritto», XXXV, 2008, n. 1, pp. 5-45. 13Ernst Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten durch die Weimarer Republik in das Land Atatürks. Eine unzeitgemäße Autobiographie, München, Schweitzer Verlag, 1982, p. 127. 14Ernst Zitelmann, Rechtsfälle für bürgerlich-rechtliche Übungen, München, Duncker & Humblot, 1917, 208 pp. 15«Solo dopo aver acquistato i Rechtsfälle für bürgerliche Übungen curati da Zitelmann mi resi conto dalla dedica e dalla postfazione di quanto forte fosse stata l'influenza di Rudolf von Jhering sul docente Zitelmann» (Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 123). Cfr. anche Emilio Betti, Metodica e didattica del diritto secondo Ernst Zitelmann, "Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto", 1925, pp. 10 ss. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 33 Infatti Zitelmann dedicò con queste parole l'edizione del 1917 dei suoi Casi giuridici a Victor Ehrenberg (1851-1929; il genero di Jhering che gli successe nella direzione dei «Jahrbücher für die Dogmatik des heutigen römischen und deutschen Privatrechts» e curò varie sue opere): «In ricordo degli indimenticabili anni della nostra amicizia giovanile, quando entrambi – giovani Privatdozenten a Göttingen – ci entusiasmavamo per il Praktikum di diritto civile tenuto da Rudolf von Jhering e, attraverso il suo luminoso esempio, apprendevamo a cogliere l'essenza e il valore dell'insegnamento mediante casi pratici». Su questa sua discendenza culturale Hirsch ritornò nel 1968 quando, nel convegno dedicato al centocinquantenario della nascita di Jhering, dedicò la sua relazione16 ai casi pratici proposti da Jhering nella Giurisprudenza della vita quotidiana17. In quell'occasione incontrai Hirsch per la prima volta, ignorando però del tutto il suo côté turco: fu un incontro fra jheringologi, dal momento che in quello stesso convegno, oltre a una relazione, io avevo presentato anche la prima bibliografia di Jhering accettabilmente completa18. Quando lo riincontrai ancora una volta dopo il 1980, cioè dopo che avevo pubblicato le mie lezioni sull'ammodernamento del diritto turco, gli chiesi se l'Hirsch conosciuto a Göttingen fosse anche l'Hirsch docente in Turchia: «Ja, ich bin der Türken-Hirsch», fu la risposta. Ma ormai la sua vita volgeva al termine e quindi anche l'incontro con Hirsch divenne uno dei tanti che rimpiango di non aver potuto approfondire. In quel congresso del 1968 Hirsch ricostruì il formarsi in Jhering della convinzione secondo cui bisogna studiare il diritto direttamente, nella vita, «e non attraverso Ulpiano e Paolo»19. Da quegli accenni del 1852 fino allo Scopo del diritto del 188320 si sviluppa in Jhering un'attenzione per il diritto vivente che ne ha fatto il precursore della moderna giurisprudenza sociologica e anche, in certa misura, della sociologia giuridica21. Nella postfazione ai già suoi citati Casi giuridici, il richiamo di Zitelmann a Jhering è esplicito: Adempio a un dovere di profonda riconoscenza menzionando qui, ancora una volta, l'illustre nome di Rudolf von Jhering. È a lui che risalgono le esercitazioni pratiche nella forma in cui oggi vengono tenute in tutte le facoltà giuridiche [tedesche]. Negli anni Settanta [del XIX secolo] Jhering teneva a Göttingen, nel semestre estivo, il suo 16Ernst Hirsch, Jhering als Reformator des Rechtsunterrichts («Die Jurisprudenz des täglichen Lebens»), in: Jherings Erbe. Göttinger Symposion zum 150. Wiederkehr des Geburtstags von Rudolph von Jhering. Herausgegeben von Franz Wieacker und Christian Wollschläger, Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht, 1970, pp. 89-100. 17Rudolf von Jhering, Die Jurisprudenz des täglichen Lebens. Eine Sammlung an Vorfällen des gewöhnlichen Lebens anknüpfender Rechtsfragen. Zum akademischen Gebrauch bearbeitet und herausgegeben von Rudolf von Jhering, Gustav Jena, Fischer, 1892, 132 pp. Questa ottava edizione è l'ultima curata da Jhering. L'opera prese origine dalla parte finale dei Civilrechtsfälle ohne Entscheidungen (Leipzig, Breitkopf & Härtel, 1847, XIV-170 pp.), che a sua volta conteneva 36 casi ricavati da Georg Friedrich Puchta. Nella seconda edizione del 1870 Jhering eliminò i casi di Puchta e intitolò la seconda parte Die Jurisprudenz des täglichen Lebens (pp. 201-230). Nel 1886 questa seconda parte venne pubblicata autonomamente (Fischer, Jena 1886, 96 pp.), mentre la prima parte dei Civilrechtsfälle continuava una sua esistenza parallela. Per ulteriori dettagli cfr. la bibliografia di Jhering in Mario G. Losano, Studien zu Jhering und Gerber, Ebelsbach, Verlag Rolf Gremer, 1984, pp. 208-242. 18Losano, Dichtung und Wahrheit in Jherings Konstruktionslehre, in: Jherings Erbe, pp. 142-154; Losano, Bibliographie Rudolph von Jherings, pp. 252-302; la versione aggiornata di questa bibliografia di Jhering, che è ancora oggi la più completa, si trova in: Losano, Studien zu Jhering und Gerber, Münchener Universitätsschriften. Juristische Fakultät. Abhandlungen zur rechtswissenschaftlichen Grundlagenforschung, Band 55/2, Teil 2, Ebelsbach, Verlag Rolf Gremer, 1984, pp. 207-273. 19Jhering a Gerber, 17 luglio 1852, in Losano, Der Briefwechsel zwischen Jhering und Gerber, Münchener Universitätsschriften. Juristische Fakultät. Abhandlungen zur rechtswissenschaftlichen Grundlagenforschung, Band 55/1, Teil 1, Ebelsbach, Verlag Rolf Gremer, 1984, p. 51; anche in Helene Ehrenberg (Hrsg.), Rudolf von Jhering in Briefen an seine Freunde, Leipzig, Breitkopf & Härtel, 1913, p. 14. 20Rudolf von Jhering, Der Zweck im Recht, Leipzig, Breitkopf & Härtel, 1883, XXX-716 pp.; Rudolf von Jhering, Lo scopo nel diritto. A cura di Mario G. Losano, Torino, Einaudi, 1972, CIII-419 pp. (le pp. LXVII-LXIX del mia prefazione illustrano i rapporti fra Jhering e la sociologia del diritto). 21Renato Treves, Sociologia del diritto. Origini, ricerche, problemi, Torino, Einaudi, 1996, pp. 104-108. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 34 ammiratissimo Praktikum di diritto civile: egli era praticamente l'unico in Germania. [...] Jhering collocava le esercitazioni con i casi pratici sullo stesso piano delle lezioni teoriche, cosa che si manifestava anche esteriormente nel fatto che le teneva come lezioni private in tre mattine, ottenendo una partecipazione corale grazie alla sua personalità travolgente. Non si deve mai dimenticare questo suo merito. A questo grand'uomo, – concludeva Zitelmann, – devo il fatto che subito concepii l'insegnamento universitario attraverso i casi come il compito della mia vita22. Attraverso Zitelmann, l'onda lunga dell'innovazione metodologica di Jhering giunse fino a Hirsch, che la trasmise ai suoi studenti e assistenti turchi. Per questo, una cinquantina d'anni dopo, nel congresso jheringhiano di Göttingen Hirsch affermava: Anch'io adempio a un dovere di profonda riconoscenza menzionando qui non soltanto il nome di Ernst Zitelmann, ma anche il suo poco noto inno a Jhering come principale riformatore dell'insegnamento nelle facoltà giuridiche tedesche. Fu Ernst Zitelmann che, nel 1922, trasmise questo entusiasmo a un giovane studente del quinto semestre, che allora ebbe per la prima volta l'idea di divenire docente universitario nello spirito di Ernst Zitelmann, cioè di Jhering23. Dall'esempio di Zitelmann nacque così la raccolta di casi di Hirsch, già ricordata anche perché venne bruciata dai nazisti nel rogo dei libri «nocivi»24. Nell'insegnamento in Turchia l'applicazione del metodo jheringhiano richiedeva il superamento delle resistenze dei tradizionalisti, che non furono lievi; tuttavia Hirsch convinse vari docenti ad accettare (almeno formalmente) questo metodo didattico e nel 1940 pubblicò egli stesso, in turco, una raccolta di casi pratici senza soluzioni25. Ma in Jhering Hirsch trovò anche la via per la sociologia del diritto. Nell'articolo di apertura dei «Jahrbücher» (1857) un Jhering – si noti – ancora sistematico, costruttivista e pandettista commenta il passo di Ulpiano sulla regola giuridica (Dig., 50. 17. 1) con parole che preludono al «secondo» Jhering: «La regola è un'astrazione del diritto in concreto; ex iure, quod est, regula fiat; la regola deve quindi adattarsi a ogni mutamento della situazione concreta, deve sempre essere all'altezza dei tempi». La via che da Ulpiano passa per Jhering si conclude con l'esclamazione di Hirsch: «Che chiara formulazione di un'ipotesi fondamentale della moderna sociologia del diritto, la cosiddetta "ipotesi evolutiva" della mutevolezza del diritto!»26. Il circolo si chiude con un ultimo rinvio: per approfondire questa ipotesi sociologico-giuridica, Hirsch richiama un'opera che, dopo il suo ritorno in Germania, pubblicò insieme con il suo allievo Manfred Rehbinder27. Infatti la sociologia del diritto aveva nel frattempo trovato un suo status accademico in Germania, anche grazie a Hirsch: ma pochi erano consapevoli del fatto che essa affondava le sue radici in Turchia. 22Zitelmann, Rechtsfälle für bürgerlich-rechtliche Übungen, cit., p. 202. Jhering als Reformator des Rechtsunterrichts, cit., p. 91. 24Cfr. la prima parte di questo articolo: § 3, nota 32. 25Hirsch, Hukuk meseleleri, Istanbul, Iktisdadi Yürüyüs Matbaasi ve Neşriyat Yurdu, 1944, XII-222 pp. (in collaborazione con il suo assistente e, poi, successore Halil Arslanli). 26Hirsch, Jhering als Reformator des Rechtsunterrischts, cit., p. 94. 27Ernst Hirsch – Manfred Rehbinder, Studien und materialien zur Rechtssoziologie, «Kölner Zeitschrift für Sociologie und Sozialpsychologie», Sonderheft 11/1967 (in particolare il saggio di Jean Carbonnier, pp. 135-150). 23Hirsch, Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 35 b) Hirsch sociologo del diritto in Turchia. Nella nuova università di Istanbul che sostituiva l'abolita «Porta della Scienza», la facoltà di giurisprudenza doveva essere strutturata secondo il modello europeo proposto da Albert Malche: dodici cattedre, la metà delle quali dovevano essere affidate a docenti stranieri, che nei primi tre anni di insegnamento sarebbero stati affiancati da traduttori, cioè da giovani turchi che avessero studiato all'estero e che quindi conoscessero non soltanto la lingua, ma anche la materia. Al momento dell'effettiva istituzione della nuova Università di Istanbul, però, alle materie giuridiche vennero affiancate quattro cattedre di economia e di scienze sociali, più una cattedra di diritto romano e di diritto civile turco da affidare a un docente svizzero, dato il modello svizzero adottato dal codice civile turco. La facoltà risultava così più composita di quanto avesse previsto Malche e, fra le varie forme organizzative in discussione, venne infine scelta quella che affiancava alle materie giuridiche un «Istituto di economia e sociologia», che raccoglieva tutti i docenti non giuristi28, i quali però insegnavano nella facoltà giuridica. Nel 1937 questo istituto venne trasformato in una facoltà autonoma, ma fino ad allora la sociologia venne insegnata ai giuristi da Gerhard Kessler (1883-1963), economista e sociologo dell'università di Lipsia costretto nel 1933 all'emigrazione non per motivi razziali, ma perché attivamente antinazista. A lui si deve la fondazione del primo sindacato turco, insieme con Orhan Tuna29. La sociologia godeva di piena cittadinanza nel mondo culturale turco ed era quindi presente anche nella facoltà giuridica di Istanbul, tuttavia fu nella nuova facoltà di Ankara che Hirsch dovette misurarsi direttamente con la sociologia del diritto. Infatti il piano di studi prevedeva un insegnamento di «Filosofia del diritto e sociologia del diritto», che però erano state «fino ad allora [1943] materie morte, irrilevanti per fare degli studenti dei giuristi con una formazione scientifica; ma erano anche materie nuove per me, sulle quali dovevo prepararmi prima di poterle trattare a fondo nelle lezioni e nei seminari»30. In realtà, Hirsch era già più che occupato dall'insegnamento del diritto commerciale (che comprendeva, oltre a quello terreste, anche quello marittimo, dato che il codice di commercio turco unificava le due branche commerciali) e da altre incombenze accademiche. Il piano governativo aveva incluso una materia come «Filosofia del diritto e sociologia del diritto» per introdurre lo spirito europeo in un mondo giuridico che si era tradizionalmente ispirato al diritto islamico, ritenendo che non bastasse conoscere la lettera delle leggi recepite dall'Europa, ma che bisognasse anche coglierne lo spirito da cui esse erano nate in Europa. Il primo passo era stata l'inclusione puramente formale della sociologia del diritto nel curriculum dei giuristi di Ankara; il secondo passo doveva essere l'insegnamento effettivo di questa materia. Le difficoltà sorsero già nella scelta della denominazione: si doveva chiamare «sociologia del diritto» o «sociologia giuridica»? Questione di lana caprina, ma anche sottilmente amministrativa. Infatti, prima della fondazione dell'università, ad Ankara ciascuno degli istituti di insegnamento superiori era autonomo: il Ministero dell'Educazione determinava il numero e la denominazione delle cattedre, ma poi le singole scuole determinavano la carriera e il pagamento dei docenti. Ora ci si chiedeva: se la sociologia generale doveva essere sostituita dalla nuova cattedra di sociologia del diritto, avrebbe dovuto quest'ultima essere 28I professori tedeschi in questo istituto erano Wilhelm Röpke e Fritz Neumark per l'economia politica; Gerhard Kessler per la sociologia; Alexander Rüstow per la geografia economica. Sulla sociologia nel facoltà di Istanbul, cfr. Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 209 s. 29Per i suoi scritti, cfr. Widmann, Exil und Bildungshilfe, cit., p. 271 s.; cfr. anche Ludwig von Wiese, Ein deutscher Professor in der Türkei, «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie», 1949-50, n. 53, pp. 354 s. 30Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 306. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 36 automaticamente assegnata al docente che, prima, insegnava sociologia generale? In questo caso, il suo costo sarebbe continuato a ricadere sulla facoltà di lettere; in caso contrario, sarebbe andato a gravare sul bilancio della facoltà di giurisprudenza. Prevaleva l'opinione che soltanto un giurista poteva insegnare la sociologia del diritto. «La professoressa Behice Boran, che insegnava sociologia [nella Facoltà di Lingue, Storia e Geografia] inviò la domanda per la cattedra e si presentò personalmente [alla Facoltà di Giurisprudenza]. Quel colloquio non destò un'eco positiva, anche perché alcuni docenti erano per principio contrari a ogni tipo di insegnamento sociologico, dal momento che equiparavano la sociologia al socialismo e al comunismo. Quando poi uno di docenti ricordò che, in ambienti bene informati, la professoressa Boran era considerata una comunista, il Consiglio di Facoltà respinse a maggioranza la richiesta della professoressa Boran»31. Effettivamente, nell'immediato dopoguerra e negli anni della guerra fredda, Behice Boran e altri tre docenti vennero dapprima accusati di fare propaganda comunista e allontanati nel 1948 dall'Università di Ankara, ma poi riammessi; nel 1950 Behice Boran subì una condanna penale con altri due docenti, ma tutti vennero assolti nello stesso anno. Tuttavia nessuno di essi poté tornare ad insegnare in Turchia: Pertev Naili Boratav andò a insegnare folklore alla Sorbona, Niyazi Berkes passò all'Institute of Islamic Studies della McGill University di Montreal, mentre Behice Boran «rimase in Turchia e svolse un importante ruolo nella politica di sinistra dopo il colpo di Stato militare del 1960»32. Ma torniamo alle discussioni accademiche del 1943. Alla fine la cattedra di «Filosofia del diritto e sociologia del diritto» venne proposta a Hirsch, che cercò di difendersi adducendo la sua totale inesperienza in campo sociologico, mentre in quello giuridico-filosofico aveva almeno seguito, da studente, le lezioni di Max Ernst Maier a Francoforte, di Ernst von Beling a Monaco e di Ernst von Aster a Giessen. Inoltre nel 1936 anche il filosofo Ernst von Aster era emigrato in Turchia e, nel 1939-40, Hirsch ne aveva preso la supplenza per le lezioni di filosofia del diritto, materia sulla quale Aster aveva anche pubblicato un libro in turco33. A dire il vero, nella complessa vita di Hirsch c'era stato anche un esame di sociologia generale, al termine di una storia intricata che qui si può solo sintetizzare34. La Germania nazista nel 1941 gli aveva tolto la cittadinanza tedesca, il che metteva in pericolo la sua attività di consulente straniero nell'Università di Istanbul. Il sempre provvidenziale Philipp Schwartz (che dalla Svizzera aveva curato l'emigrazione di tanti docenti tedeschi, fa cui lo stesso Hirsch) aveva ottenuto che il governo cèco, in esilio a Londra, emettesse un passaporto cèco per i tedeschi divenuti apolidi. Però quel governo, e quindi i suoi documenti, non sempre erano riconosciuti ufficialmente. Fortunatamente il 21 settembre 1943 la Turchia gli concesse la cittadinanza: il quarantunenne Hirsch, divenuto Hirş, cessava di essere un emigrato apolide e un dubitabile cèco, però doveva prestare il servizio militare turco e, ai fini salariali, non poteva più essere considerato un «professore straniero». Al rischio dell'apolidia si era sostituito quello del basso salario. Hirsch decise allora di sostenere l'esame per esercitare in Turchia la professione di avvocato, accanto a quella di professore ora turco. 31Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 309. Ahmad, Niyazi Berkes (1908-1980): The Education of an Intellectual, in Niyazi Berkes, The Development of Secularism in Turkey. With a New Introduction of Feroz Ahmad, London, Hurst, 1998, p. XXV. 33Ernst von Aster, Hukuk Felsefesi Dersleri [Lezioni di filosofia del diritto], Istanbul, Kenan Matbaası, 1943, 220 pp.; traduzione di Orhan Münir Çağil. 34Questa complessa storia (che è anche una tipica storia della vita degli esiliati) è esposta per esteso in Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., pp. 278-286. 32Feroz Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 37 Se per il servizio militare era stata riconosciuta appieno la sua posizione in Germania, per l'esame d'avvocato il suo curriculum di studi tedesco non conteneva due materie obbligatorie per l'avvocato turco: medicina legale e sociologia. L'essere il noto professor Hirsch della Facoltà di Giurisprudenza di Istanbul non fu d'aiuto: l'aspirante avvocato Hirş dovette sostenere l'esame di sociologia con i professori Dilemre e Kessler. «Sostenuto pro forma», sottolineava Hirsch davanti ai colleghi di facoltà; ma invano: e alla fine gli venne affidata anche la cattedra di «Filosofia del diritto e sociologia del diritto» nella Facoltà di Giurisprudenza dell'Università di Ankara. Coscienziosamente Hirsch non soltanto tenne le lezioni, ma pubblicò anche nel 1949 un manuale in turco intitolato Lezioni di filosofia del diritto e di sociologia del diritto35, nella cui prefazione presenta le ragioni per cui l'insegnamento della filosofia del diritto e della sociologia del diritto nella Facoltà di Giurisprudenza di Ankara era così importante per la costruzione della nuova Turchia. È illuminante riportare qui per esteso gli argomenti di Hirsch: I fondamenti spirituali della nuova Turchia vengono dall'Europa. Il diritto europeo, che forma parte di questa cultura europea, sta trasformandosi in diritto patrio turco attraverso la recezione delle principali leggi provenienti dalla Svizzera, dalla Germania e dall'Italia. A loro volta queste leggi sono il risultato di una plurimillenaria evoluzione e si fondano su princìpi romani, germanici e cristiani. Lo spirito dell'Umanesimo che anima questi princìpi si manifesta nei capolavori che, dai tempi dell'antica Grecia, le nazioni hanno prodotto nella vita culturale e artistica. Per la corretta comprensione e per la corretta applicazione del diritto moderno è perciò necessario appropriarsi, oltre che delle stesse prescrizioni normative, anche dei pensieri su cui esse si fondano e che provengono dalle grandi personalità dello spirito. Questa fu l'idea che nel 1933, nella nuova fondazione dell'Università di Istanbul ispirata al modello che allora offrivano le facoltà europee di diritto, portò ad includere anche nel curriculum di studi obbligatori delle facoltà giuridiche turche un corso di due ore settimanali chiamato «Filosofia del diritto». Lo scopo di questo corso consisteva nell'indagare dal punto di vista filosofico i fenomeni e le strutture racchiuse nel termine 'diritto'. I filosofi che si occuparono del diritto erano obbligati, lo volessero o no, a prendere in considerazione non soltanto le società umane in cui vivevano i singoli individui, ma anche le strutture e l'organizzazione di quelle società. Infatti chi, sotto l'influenza di concezioni metafisiche, vuole formulare giudizi di valore sul fenomeno e sulle istituzioni del diritto, non può porre su salde basi il Sollen fino a quando non ha ben compreso il Sein. Anche quando, come rivela la storia culturale, i filosofi – spesso lontani dalla vita reale – hanno costruito a tavolino meravigliosi sistemi giuridici, non potevano offrire né un rimedio contro gli eterni dolori, né un aiuto per migliorare la propria condizione ai figli della terra: infatti questi ultimi vivono non in cielo, ma sulla terra, e quindi sono esposti ai più diversi travagli e alle più varie difficoltà che scaturiscono dalle esigenze della loro coesistenza. Per poter giudicare i pensieri enunciati dai grandi filosofi sul problema del diritto è perciò necessario indagare i fondamenti della vita sociale e, in particolare, le condizioni di vita interne ed esterne indispensabili per gli esseri umani che sono, secondo il celebre detto di Aristotele, «per natura animali sociali». Da questa concezione scaturì l'idea di includere dal 1935 nel programma d'insegnamento della prima classe delle facoltà giuridiche turche la materia facoltativa chiamata «sociologia», con un'ora settimanale di lezione. Lo scopo di questo corso consisteva nell'indagare dal punto di vista sociologico i fenomeni e le strutture racchiuse nel termine 'diritto'. 35Hirsch, Hukuk felsefesi ve hukuk sosyolojisi dersleri, Ankara 1949, 463 pp. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 38 Ma con ciò il vero e proprio problema non era ancora risolto. Da un lato, infatti, lo studente poteva far uso del suo diritto di scelta nel senso di dirigere la sua attenzione non all'effettiva importanza del corso, ma alla difficoltà dell'esame da sostenere a fine anno; inoltre nei programmi dei licei avevano trovato posto tanto i fondamenti della sociologia, quanto i princìpi della filosofia, cosicché era molto più avvertita la necessità di un corso di sociologia del diritto, piuttosto che di sociologia generale. D'altro lato, tuttavia, un corso di sociologia giuridica sarebbe stato fuori dalla portata degli studenti del primo anno, che non avevano quasi alcuna nozione di diritto. Per queste ragioni il Ministero dell'Educazione, attenendosi alla proposta del Consiglio della Facoltà di Giurisprudenza di Ankara, cancellò il corso di sociologia dal primo anno e, dall'anno accademico 1944-45, introdusse invece per gli studenti del terzo anno un corso obbligatorio di tre ore settimanale denominato «Filosofia del diritto e sociologia del diritto». In pratica il preesistente corso di filosofia del diritto venne esteso di un'ora settimanale per includervi anche la sociologia del diritto. La denominazione del corso suscitò qualche dubbio, perché la sociologia non presenta necessariamente una dimensione giuridica. Quello che si voleva dire era che si voleva indagare il diritto come fenomeno sociale, cioè che si voleva fare della sociologia del diritto. Per questo si scelse la denominazione «Filosofia del diritto e sociologia del diritto»[36] per chiarire che l'oggetto del corso era il diritto visto dal punto di vista tanto della filosofia quanto della sociologia37. c) Hirsch sociologo del diritto dalla Turchia alla Germania postbellica. Per i fuoriusciti, il ritorno nella Germania sconfitta ma democratica era una decisione tutt'altro che facile, a causa della prospettiva di trovarsi davanti a chi aveva sostenuto o tollerato Hitler, a chi volente o nolente aveva partecipato alle sue nefandezze, a chi aveva occupato il posto lasciato libero dal fuoriuscito; né chi era rimasto in Germania era disposto ad accogliere senza risentimenti chi ritornava dall'esilio. Nella sua autobiografia, Hirsch menziona con estrema discrezione i parenti morti ad Auschwitz: una sola pagina, in cui riporta tre lettere da quel campo di concentramento, dove erano morte persone della famiglia (la sorella con il marito e il figlio, i fratelli e il genero della madre) e molti amici. La Turchia l'aveva accolto e in Turchia pensava di restare, tanto da aver dato al figlio, nato nel 1945, due nomi turchi, Enver Tandoğan, ma nessun nome tedesco. Quando nell'estate del 1948 gli giunse l'invito a tenere alcune conferenze in quella parte della Germania che allora si chiamava Zona d'Occupazione Americana, partì con un passaporto diplomatico turco e con l'incarico di riallacciare gli scambi culturali tra le università tedesche e quelle turche. La prima tappa a Monaco fu caratterizzata da un'accoglienza della Facoltà di Giurisprudenza così agghiacciante, da fargli interrompere il soggiorno dopo la prima conferenza, «profondamente colpito e ferito dall'accoglienza di questo collega tedesco in una Germania apparentemente da tre anni liberata dal nazismo»38. E l'avverbio «apparentemente» spiega a sufficienza l'atmosfera incontrata. Riinvitato a Monaco con le scuse del rettore, nel viaggio di ritorno vi tenne ancora una conferenza e il professore di diritto commerciale, Alfred Hueck, gli chiese se sarebbe stato disposto ad accettare una chiamata in quella facoltà: [36]Questi dubbi terminologici sul nome del corso dipendono dalle formulazioni in turco e in tedesco, mentre in italiano non sembrano sussistere (almeno nella traduzione qui fornita). Inoltre la ragione della disputa era più economica che filosofica: come si è visto, dalla denominazione della cattedra dipendeva la facoltà che doveva finanziarla. 37Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 307 s.: il testo italiano traduce queste due pagine in tedesco di Hirsch, e non l'originale turco. Tuttavia il testo tedesco di Hirsch è attendibile perché si tratta o dell'originale che servì di base alla traduzione turca, o di una retroversione dal turco fatta dallo stesso autore. 38Hirsch, Aus des Kaisers Zeiten, cit., p. 346. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 39 «ma una chiamata non l'ho ricevuta né allora, né poi»39. Gli altri contatti universitari in Germania furono migliori, ma comunque non bastarono a convincerlo a tornare. Finalmente nel 1950, durante un semestre come professore visitante nella nuova Freie Universität di Berlino, il sindaco Ernst Reuter – che era stato uno dei docenti emigrati in Turchia dal 1933 al 1945 – trovò la corda giusta per convincere Hirsch a tornare. La Freie Universität, gli ripeteva, per mancanza di professori non riusciva a far fronte al numero di studenti fuggiti della Zona d'Occupazione Sovietica; la docenza era perciò momentaneamente affidata ad avvocati, ma tutto era incerto e provvisorio. Non avrebbe potuto Hirsch ripetere a Berlino quanto aveva fatto a Istanbul e ad Ankara, aiutando a creare una vera università nel settore americano di Berlino? Sarebbero bastati tre anni di licenza dalla Turchia per compiere quest'impresa, poi avrebbe potuto tornare ad Ankara, se lo avesse voluto. Oltre agli argomenti di Reuter, lo convinsero «gli studenti, in gran parte reduci di guerra, pieni di zelo e di attenzione», che in 600 seguivano le sue lezioni di filosofia del diritto in un vecchio deposito della metropolitana (U-Bahn) nel quartiere di Dahlem. Quando tornò in Turchia, scrive Hirsch, «avevo la sensazione di aver lasciato una valigia a Berlino»40. (Mi chiedo chi oggi può ancora avvertire la struggente nostalgia racchiusa in questa frase, che viene da una canzone interpretata da Marlene Dietrich). In Turchia il 1950 fu un anno storico, con il cambio di governo, con elezioni pluripartitiche, con l'elezione a premier di Menderes, del Partito Democratico e, per Hirsch, con la già ricordata approvazione dei suoi progetti di legge41. Poiché le pressioni della Freie Universität di Berlino continuavano, Hirsch per due volte chiese alla sua facoltà di Ankara di concedergli tre anni di licenza per poter insegnare a Berlino: entrambe le volte la richiesta venne respinta. Hirsch presentò allora le dimissioni. Nel 1953 il ministero turco non le accettò, però gli concesse il periodo di licenza richiesto: ma era ormai troppo tardi. Infatti in Turchia la situazione famigliare di Hirsch era precipitata, quando la sua seconda moglie – che col figlio aveva continuato a vivere a Istanbul – aveva dovuto essere ricoverata in una clinica psichiatrica. Hirsch intanto aveva ottenuto il divorzio e si era risposato a Berlino. Contemporaneamente gli giungeva da Berlino la notizia della nomina a Rettore della Freie Universität. Ormai i suoi legami professionali con la Turchia si andavano sciogliendo. d) Hirsch, «rifondatore della sociologia giuridica tedesca del dopoguerra». Il progressivo distacco di Hirsch dalla Turchia durò quattro anni. Nell'autunno del 1948 tenne le già ricordate conferenze a Monaco e Francoforte. Nel semestre estivo del 1949 insegnò a Francoforte diritto societario e sociologia del diritto. Poi il contatto con la Freie Universität di Berlino divenne prevalente: come professore visitante vi insegnò diritto commerciale e civile, ma anche sociologia del diritto e filosofia del diritto, nei semestri estivo e invernale del 1950-51 e nel semestre invernale del 1951-52; infine, dal 1° aprile 1952, venne chiamato come professore ordinario di diritto commerciale, diritto civile e filosofia del diritto. 39Ivi, p. 349. p. 351. 41Cfr. la prima parte di questo articolo: § 6. 40Ivi, Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 40 Come si vede, quella sociologia del diritto che gli era stata quasi imposta ad Ankara divenne in Germania tanto presente nella sua attività di docente, da farne il «rifondatore della sociologia giuridica tedesca del dopoguerra»42, come afferma il suo allievo Manfred Rehbinder. Anche se la denominazione dell'ordinariato ottenuto nel 1952 fa riferimento alla sola filosofia del diritto, dalla Freie Universität Hirsch promosse attivamente la sociologia del diritto. In questa sua attività Hirsch vedeva la ripresa e la continuazione di una duplice tradizione tedesca interrotta dal nazionalsocialismo: quella della sociologia del diritto fondata da Eugen Ehrlich e quella della «Rechtstatsachenforschung» fondata da Arthur Nussbaum (1877-1964), autori che durante il nazionalsocialismo era vietato persino citare, in quanto ebrei. Per questa ragione l'istituto che egli fondò e diresse dal 1964 al 1968 presso la Freie Universität prese il nome di «Institut für Rechtssoziologie und Rechtstatsachenforschung»: il primo istituto di questo tipo fondato in Germania. Inoltre fu il coeditore della collana di quell'istituto43, e la inaugurò con un suo libro44. La sua attività continuò anche dopo il suo passaggio a professore emerito nel 1963: la raccolta dei suoi saggi di sociologia del diritto venne pubblicata nel 198445, un anno prima della sua morte. Tra gli studenti che conclusero gli studi nel 1959 alla Freie Universität uno si mostrò particolarmente interessato alla sociologia del diritto: Manfred Rehbinder. Completati gli studi, egli divenne assistente di Hirsch e, nel 1968, ottenne l'abilitazione all'insegnamento universitario per la sociologia del diritto e il diritto commerciale, continuando così entrambi i filoni di studio di Hirsch. Nella sua carriera a Bielefeld e Zurigo Rehbinder contribuì a consolidare lo status accademico della sociologia del diritto, divenuta ormai parte integrante del curriculum universitario tedesco. Intanto, rientrato in Italia nel 1947 dal suo esilio argentino, Renato Treves si impegnò nel fondare una cattedra universitaria di sociologia del diritto, che venne istituita a Milano nel 196946. Per far conoscere la nuova materia Treves pubblicò alcuni volumi sulla sociologia del diritto in Europa, nei quali viene anche descritta la situazione della sociologia del diritto nella Germania allora federale. Non conosco documenti su eventuali rapporti di Treves con Hirsch, anche se l'elenco dei sociologi del diritto elaborato dal Research Committee on Sociology of Law menziona con una certa rilevanza il già emerito Hirsch47. Invece i contatti con Rehbinder furono stretti e frequenti, come dimostra l'intermediazione di Rehbinder per pubblicare presso Duncker & Humblot, a Berlino, la rivista socio-giuridica progettata da Treves, ma poi realizzata altrimenti, la fitta corrispondenza fra i due e, infine, i contributi di Treves pubblicati in opere curate da Rehbinder48. 42Manfred Rehbinder, Rechtssoziologie, München, Beck, 2003, 5a ed., p. 177. che coeditore della «Schriftenreihe zur Rechtsoziologie und Rechtstatsachenforschung», Hirsch è anche prefatore di molti volumi di quella collana, elencati alla p. 80 di [Ernst Féaux de la Croix (Hrsg.)], Liber Amicorum Ernst E. Hirsch. Eine Biound Bibliographie anlässlich seines 75. Gebutstages, Amriswil (Svizzera), Amriswiler Bücherei, 1977, 81 pp. 44Ernst Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge. Beiträge zur Soziologie, Berlin, Duncker & Humblot, 1966, 360 pp., da cui è tratto l'opuscolo: Rechtsoziologie. Ausriss einer Vorlesung, Berlin, Duncker & Humblot, 1966, 31 pp. 45Ernst Hirsch, Rechtsoziologie für Juristen. Eine Aufsatzsammlung, Berlin, Duncker & Humblot, 1984, 252 pp. 46 Su questo periodo dell'attività di Treves, cfr. Mario G. Losano, Renato Treves, sociologo tra il Vecchio e il Nuovo Mondo. Con il regesto di un archivio ignoto e la bibliografia di Renato Treves, Milano, Unicopli, 1998, pp. 13-17. 47Wolfgang Kaupen – Peter Vinke, Directory of Sociologists of Law, Cologne – Leiden 1972, p. 24 s. (ciclostilato): questo fascicolo è probabilmente il primo censimento mondiale dei sociologi del diritto. Esso fornisce brevi indicazioni bibliografiche sui singoli studiosi, che sono anche raggruppati per Fields of Interest, pp. 126-138. 48Cfr. Losano, Renato Treves, sociologo tra il Vecchio e il Nuovo Mondo, cit.: le vicende editoriali della rivista sono a p. 97; l'elenco delle 43 lettere (fra il 1970 e il 1977) è a p. 134; le due pubblicazioni di Treves, citate alle p. 172 e 177, sono Die Ideologie des italienischen Richters und die Wissenssoziologie, in Manfred Rehbinder, Einführung in die Rechtssoziologie. Ein Textbuch für Studenten der Rechtswissenschaften, Frankfurt a.M., Athenäum Verlag, 1971, pp. 113-125; Rechtssoziologie und Rechtsvergleichung, in Rechtssoziologie und Rechtsvergleichung. A cura di Ulrich Drobnig e Manfred Rehbinder, Berlin, Duncker & Humblot, 1977, pp. 35-55. 43Oltre Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 41 Nel 1966 il quadro tracciato da Klaus Zwingmann49, avvocato di Stoccarda, non contiene alcun riferimento a Hirsch, ma traccia un panorama dell'evoluzione della materia soprattutto con riferimento alle figure centrali della sociologia tedesca del Novecento e alla sociologia giudiziaria, principale interesse di Zwingmann. Nel volume successivo, invece, Hirsch è uno degli autori più citati. Nella sua introduzione, Treves ricorda Hirsch con riferimento all'Institut für Rechtssoziologie und Rechtstatsachenforschung di Berlino, alla sua collana specializzata e al numero speciale della «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie» del 195950 (cui verrà dedicata anni dopo un'accurata analisi51). In quello stesso volume, Alberto Febbrajo distingue fra sociologi del diritto-sociologi e sociologi del diritto-giuristi (collocando Hirsch fra questi ultimi) e fornisce un'importante la valutazione critica di quella che chiama «Scuola di Berlino» e dei suoi presupposti metodologici. Questi ultimi rivelano infatti l'impronta del periodo turco di Hirsch (di cui in Italia nel 1968 si sapeva poco o nulla), caratterizzato dalla discrepanza fra diritto positivo e realtà giuridica. «Vero e proprio manifesto della scuola di Berlino è la raccolta degli studi sociologico-giuridici del suo direttore, E. Hirsch, apparsa di recente sotto il titolo Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge [cfr. nota 44]. Tale opera è ormai troppo nota perché sia necessario soffermarsi qui a riassumerne il contenuto. Mi sembra invece utile isolare le tesi che, sulla base di questa opera, sono diventate il presupposto, a volte implicito e più spesso esplitico, di tutte le ricerche empiriche svolte presso l'istituto berlinese». Febbrajo individua quattro caratteristiche della sociologia giuridica praticata a Berlino: a) essa è una scienza che descrive, e non valuta (tesi della Wertfreiheit); b) essa non intende sostituire né la dogmatica, né la filosofia giuridiche (tesi della tridimensionalità del diritto); ma soprattutto – e qui si legge in filigrana l'esperienza turca di Hirsch – in essa «c) la necessità di uno studio sociologico-giuridico sorge dal fatto che tra norma e realtà giuridica esiste una discrepanza inevitabile, dipendendo, da un lato, dalle modalità di formazione delle norme positive e, dall'altra, dalla dinamica insita nella realtà sociale da esse regolata (tesi della distinzione tra validità ed efficacia della norma; d) compito della sociologia del diritto è quello di prendere conoscenza di tale discrepanza indagando la realtà sociale regolata dalle norme positive e fornendo, per questa via, al giudice e al legislatore informazioni utili per un più efficace svolgimento delle loro funzioni (tesi della strumentalità della ricerca sociologica)»52. Questi presupposti (tipici dell'esperienza di Hirsch, possiamo aggiungere) influirono sull'impostazione delle ricerche empiriche della scuola berlinese: «Partendo dal presupposto del carattere strumentale della sociologia del diritto, le ricerche della scuola berlinese si svolgono tutte secondo una direzione unica, diretta a mettere in luce le discrepanze settoriali tra norma e realtà. Sono stati così studiati casi di conflitto tra norma e realtà nel diritto societario, nel diritto privato, nel diritto finanziario e così via»53. Accanto alla ricerca empirica l'istituto aveva intrapreso anche una precisa attività teorica: «la ricostruzione teorica e la rivalutazione di quella sociologia del diritto "classica" cui la scuola intende 49Klaus Zwingmann, La sociologia del diritto nella Repubblica federale tedesca, in Renato Treves (a cura di), La sociologia del diritto. Problemi e ricerche, Milano, Comunità, 1966, pp. 379-402; il volume venne ampliato e tradotto con il titolo Renato Treves – Jan F. Glastra van Loon, Norms and Actions. National Reports on Sociology of Law, The Hague, Martinus Nijhoff, 1968, 294 pp. 50Renato Treves, Introduzione, in Renato Treves (a cura di), Nuovi sviluppi di sociologia del diritto, vol. 1 (1966-67), Milano, Comunità, 1968, p. 17. 51Valerio Pocar, Studien und Materialien zur Rechtssoziologie, in Treves (a cura di), Nuovi sviluppi di sociologia del diritto, cit., pp. 98-106. 52Alberto Febbrajo, La sociologia del diritto nella Repubblica federale tedesca, in Treves (a cura di), Nuovi sviluppi di sociologia del diritto, cit., p. 46 s. 53Ivi, p. 47. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 42 riallacciarsi»54, che in quegli anni prese corpo negli studi di Rehbinder su Ehrlich e di Baum su Petrazycki. Febbrajo constata che «nella scuola di Berlino il settore teorico è completamente indipendente dal settore della ricerca empirica, nel senso che i risultati conseguiti dal primo non sono resi utilizzabili per il secondo»55. Queste osservazioni di Febbrajo vennero pubblicate nel 1968, mentre l'istituto erlinese era stato fondato nel 1964: esso stava dunque ancora muovendo i primi passi. Quasi dieci anni dopo, quando la sociologia del diritto si era ormai affermata anche in Italia, Renato Treves ripercorreva il panorama europeo della materia56 e Wolfgang Kaupen, occupandosi della Germania, rendeva giustizia alla figura complessiva di Hirsch: L'esempio più notevole di un giurista che, durante l'esilio in un paese straniero, abbia mutato la sua prospettiva giuridica tradizionale e dogmatica è fornito da Ernst E. Hirsch. Egli lasciò la Germania dopo l'avvento al potere di Hitler e si stabilì in Turchia, dove fu consigliere del governo per la politica del diritto. Egli fece così l'esperienza della profonda discrepanza fra le norme (tedesche) e i fatti reali della vita sociale turca, il che rendeva quasi sempre inefficace il sistema giuridico di importazione. Da questa esperienza Hirsch sviluppò una nuova e più realistica prospettiva per il pensiero giuridico, che lo condusse poi (dopo il suo ritorno in Germania) a fondare a Berlino l'Institut für Rechtssoziologie und Rechtstatsachenforschung57. Per Kaupen il risultato più rilevante dell'istituto berlinese fu il riscatto delle opere classiche, come quelle di Eugen Ehrlich e di Arthur Nussbaum, dimenticate ormai da trent'anni. Tuttavia Hirsch «fu il solo, nell'intero mondo dei giuristi tedeschi, che attaccò la tradizionale ideologia giuridica, e quando nel corso degli anni Sessanta si ritirò dall'insegnamento universitario, non c'era nessuno che potesse continuare il suo lavoro»58. Quest'osservazione si riferisce non all'erede intellettuale di Hirsch, Manfred Rehbinder, ma all'istituto berlinese. Kaupen osservava che non basta occuparsi di norme giuridiche legate alla realtà per potersi definire anche sociologi del diritto, ma che proprio questa fu la tendenza della Germania federale di quegli anni. In quel clima, «il successore di Hirsch al posto di direttore dell'Istituto di sociologia del diritto di Berlino fu un giurista specializzato in diritto del lavoro. L'istituto perse sotto la sua direzione tutta la sua reputazione scientifica nel campo della sociologia del diritto»59. L'istituto continuà poi la sua attività sotto la guida di Hubert Rottleuthner. Tracciando una sintetica storia della sociologia giuridica in Germania, nella fase del dopoguerra Rottleuthner ricorda i meriti di Hirsch e, in particolare, il suo richiamo alla realtà del diritto. Si tentò di tenerne conto nella riforma degli studi giuridici successiva al 1968, ma più che di una sociologia del diritto ci si dovette accontentare di uno studio sociologico del diritto. Infine, dal 1980, anche questa tendenza verso un moderato realismo viene rimessa in discussione60. 54Ivi, p. 48. p. 48. 56Renato Treves – Vincenzo Ferrari, L'insegnamento sociologico del diritto, Milano, Comunità, 1976, 352 pp.; in esso Wolfgang Kaupen tratta dell'insegnamento della sociologia del diritto nel contributo intitolato Repubblica federale tedesca, pp. 229-241. 57Kaupen, Repubblica federale tedesca, in Treves – Ferrari, L'insegnamento sociologico del diritto, cit., p. 231. 58Ivi, p. 232. 59Ivi, p. 233, nota 4. 60Hubert Rottleuthner, La sociologie du droit en Allemagne, «Droit et société», 1989, n. 11-12, p. 110 s.; anche nel sito: <http://www.reds.msh-paris.fr/publications/revue/pdf/ds11-12/ds011012-05.pdf>. 55Ivi, Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 43 3. Gli scritti socio-giuridici di Hirsch Nell'esame delle opere di Hirsch va tenuto presente che il diritto commerciale, il diritto d'autore e quello dei marchi e brevetti costituirono sempre l'interesse principale e il principale carico didattico di Hirsch, cosicché la maggioranza dei suoi scritti in tedesco e in turco si riferiscono a queste materie. Li si troverà elencati nel liber amicorum, ricordato alla nota 43. La sociologia del diritto rappresentò per lui un polo d'attrazione più circoscritto, ma egualmente forte. Anche l'analisi delle opere di sociologia del diritto scritte da Hirsch, pur costituendo un insieme più limitato rispetto alle opere di diritto positivo, richiederebbe uno studio autonomo, sia per l'originalità del suo contributo dovuto alla diretta esperienza in Turchia, sia per l'impulso che egli diede alla sociologia del diritto in Germania. Un appropriato primo contatto con questo autore può essere costituito dal già citato volume che raccoglie i suoi saggi socio-giuridici sparsi61. Qui, a conclusione della sua biografia culturale, verranno soltanto indicati – in nota e in ordine cronologico – i suoi scritti principali sulla sociologia del diritto, suddividendoli in due gruppi: nel primo sono elencati quelli su temi socio-giuridici generali62; nel secondo, più consistente, i suoi scritti sulla sociologia del diritto e sul relativo insegnamento63. Gli scritti dedicati alla recezione del diritto europeo in Turchia, più direttamente legati alle vicende biografiche esposte nelle pagine precedenti, sono brevemente commentati nel prossimo paragrafo. 61Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge, citato alla nota 44. Hirsch, Wird das Recht unserer Zeit gerecht?, «Universitas», 11, 1956, pp. 493-503 (Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge, pp. 55-64); Mensch und Recht in Gesetzgebung und Rechtspraxis in Ost und West, «Deutsche Universitätszeitung», 1958, pp. 405-418; 464-472; Macht und Recht, «Juristenzeitung», 17, 1962, pp. 1-16; (Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge, cit., pp. 243-259; anche in Rehbinder, Einführung in die Rechtssoziologie, cit. supra alla nota 48, pp. 178-194); Unmut über Juristen und Juristisches, «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie», 22, 1970, pp. 756-768. Fra le recensioni: Max Weber, Rechtssoziologie, Neuwied 1960, in «Juristen-Zeitung», 1962, p. 192; Hermann Kantorowicz, Rechtswissenschaft und Soziologie, in «JuristenZeitung», 1965, p. 189 s.; Manfred Rehbinder, Einführung in die Rechtssoziologie, Frankfurt 1971, in «Zeitschrift für vergleichendes Rechtswissenschaft» (ZvglRW) 74, 1972, p. 231 s. 63Le voci scritte da Hirsch sono: Diskriminierung; Eigentum und Erbe; Erfindung; Haftung (Verantwortlichkeit); Lynchjustiz; Naturrecht; Ordnung; Person; Recht; Rechtssoziologie; Rezeption; Soziale Werte; Treuhand [voci indicate spesso cumulativamente come Rechtssoziologische Stichworte], in Wilhelm Bernsdorf – Friedrich Bülow, Wörterbuch der Soziologie, Stuttgart, Enke, 1955 (2a ed., 1969); Was kümmert uns die Rechtssoziologie?, «Juristen-Jahrbuch», vol. 3, 1962-63, pp. 131-148 (Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge, pp. 38-54); Rationale Legitimierung eines Staatsstreiches als soziologisches Problem, «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie», 17, 1964, pp. 632-646 (Hirsch, Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge, pp. 260-274); la raccolta di articoli Hirsch (già citata supra, nota 44), Das Recht im sozialen Ordnungsgefüge. Beiträge zur Soziologie, Berlin, Duncker & Humblot, 1966, 360 pp.; (con Rehbinder), Studien und Materialien zur Rechtssoziologie, «Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie», Sonderheft 11, 1967 (2a ed.: 1971), 412 pp. (contiene Hirsch, Rechtssoziologie heute, pp. 9-35); Rechtssoziologie, in Gottfried Eisermann, Die Lehre von der Gesellschaft. Ein Lehrbuch der Soziologie, Stuttgart, Enke, 1969, pp. 147-217 (2a ed.); Gedanken zur Einführung rechtssoziologischer Veranstaltungen in den Rechtsunterricht, «Juristen-Zeitung», 1970, p. 679; Über die Gesellschaftsbezogenheit des Eides, in Hans Lüttger (Hrsg.), Festschrift für Ernst Heinitz, Berlin, De Gruyter, 1972, pp. 139-158; Rechtssoziologie im Rechtsunterricht, in Klemens Pleyer (Hrsg.), Festschrift für Rudolf Reinhardt, Köln, Schmidt, 1972, pp. 437-449; Sozialer Sachverhalt und rechtliche Regulierung als Interdependenzproblem, in Josef Tittel (Hrsg.), Multitudo legum ius unum. Festschrift für Wilhelm Wengler, Berlin, Interrecht, 1973, vol. I, pp. 209-230; Vom Kampf des Rechtes gegen die Gesetze, «Archiv für die civilistische Praxis», 175, 1975, pp. 471-511; Rechtsoziologie für Juristen. Eine Aufsatzsammlung, Berlin, Duncker & Humblot, 1984, 252 pp. (cfr. supra, nota 44).@@. 62Ernst Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 44 4. Esperienza multiculturale, trapianti giuridici e sociologia del diritto Il multiculturalismo e il pluralismo giuridico offrono il terreno ideale per la sociologia del diritto, perché le differenze di cultura generano una continua tensione fra il diritto positivo e il comportamento sociale. Il fondatore della sociologia del diritto, Eugen Ehrlich (1862-1922), apriva la sua opera fondamentale con le parole: «Il baricentro dello sviluppo giuridico, nel nostro tempo come in ogni tempo, non si trova né nella legislazione, né nella giurisprudenza, ma nella società stessa»64. Senza dubbio influì su questa sua concezione, da un lato, lo sviluppo che il pensiero jherighiano aveva trovato nel Movimento del diritto libero cui lo stesso Ehrlich aderiva; dall'altro, il fatto di essere nato e vissuto nella multietnica Czernowitz, oggi nell'Ucraina occidentale. Quella città, sotto l'Impero Austro-Ungarico, fu la capitale del Ducato della Bucovina, popolato da ebrei, polacchi, rom, romeni, ruteni, tedeschi e ucraini65. Ehrlich insegnava diritto romano nell'università di Czernowitz, fondata nel 1875 per celebrare i 100 anni di appartenenza della Bucovina all'Austria-Ungheria, ma nella vita quotidiana constatava che il codice civile austriaco (l'ABGB del 1811) era spesso disapplicato a favore delle consuetudini delle varie etnie. Quando, con la fine dell'Austria felix nel 1918, le truppe zariste occuparono la Bucovina, Ehrlich riparò a Vienna e in Svizzera. Czernowitz venne poi assegnata alla Romania e perciò Ehrlich, – che originariamente indicava come sua lingua il polacco – giunse a Bucarest e iniziò a preparare le sue lezioni in romeno, ma morì prima di poter tornare a Czernowitz. La multietnicità della Bucovina e le movimentate vicende personali sono di certo una chiave per comprendere l'interesse di Ehrlich per il «diritto vivente». Un manuale di sociologia accosta Ehrlich a Hirsch: Dal punto di vista della scienza sociologica è interessante il parallelo con Ernst Hirsch. Egli fu il primo, nel dopoguerra, a praticare sistematicamente la sociologia del diritto nella Germania Federale. Nella Freie Universität di Berlino fondò l'«Institut für Rechtssoziologie und Rechtstatsachenforschung», che nel frattempo è stato sciolto [e ricostituito: vedi infra]. Hirsch era originariamente docente di diritto commerciale. Emigrò nel 1933 in Turchia, dove divenne professore di diritto commerciale a Istanbul. Lì si trovò in un osservatorio sociologico tanto interessante, quanto a suo tempo Ehrlich lo aveva trovato a Czernowitz. La Turchia si era data un nuovo codice civile, ampiamente ispirato al codice civile e al diritto delle obbligazioni svizzeri. Così anche Hirsch venne a trovarsi nella situazione in cui una codificazione veniva sovrapposta più o meno artificialmente a una cultura giuridica completamente diversa. La sovrapposizione di una cultura giuridica ad un'altra, che sembra così atta a incitare all'analisi sociologica, finora non ha quasi mai costituito l'oggetto di sistematici sforzi socio-giuridici, benché su questo tema esistano tanti importanti esempi, come la recezione del diritto romano, la diffusione del Code Civil, l'esportazione del proprio diritto da parte delle potenze coloniali, ovvero l'introduzione del diritto delle potenze occupanti nella Germania del 194566. In realtà, quasi tutti gli studi sulle recezioni, imposizioni, trapianti ecc. di sistemi giuridici sono etichettati come diritto comparato: ma spesso è difficile tracciare in essi un netto confine tra il diritto comparato, la sociologia giuridica, l'antropologia giuridica e la storia contemporanea del diritto67. 64Eugen Ehrlich, Grundlegung der Soziologie des Rechts, München – Leipzig, Duncker & Humblot, 1913, Vorrede. multietnicità si riflette anche in scritti minori, come Eugen Ehrlich, Die Aufgaben der Sozialpolitik im österreichischen Osten (Juden- u. Bauernfrage), München – Leipzig, Duncker & Humblot, 1916, 48 pp. (4a ed.). 66Klaus F. Röhl, Rechtssoziologie, Köln, Heymanns Verlag, 1987, p. 27 s. 67Michel Alliot, Über die Arten des Rechts-Transfers, in Wolfgang Fikentscher, Entstehung und Wandel rechtlicher Traditionen, Freiburg i. Br., Alber, 1980, pp. 161-231; Sandra B. Burman – Barbara E. Harrell-Bond (eds.), The Imposition of Law, New York, Academic Press, 1979, XIV-324 pp. 65La Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 45 Anche il fondatore della sociologia giuridica in Italia, Renato Treves, conobbe nel 1933 l'esilio e in Argentina scoprì la sociologia del diritto, che introdusse in Italia al suo ritorno dopo la fine della guerra68. Uno degli esempi più riusciti di recezione del diritto europeo è fornito dal Giappone, il cui successo nell'assimilazione delle norme straniere segue una traiettoria ben diversa da quella turca. Al confronto del diverso ammodernamento del Giappone e della Turchia è dedicato un volume curato dal figlio di un emigrato in Turchia, l'economista Alexander Rüstow69. Hirsch conosceva l'opera di Zentarō Kitagawa70, che recensì nel 197271, e anche Rehbinder si occupò di questo aspetto del Giappone72. Da parte sua, Kitagawa si richiama alla Turchia nel tracciare una teoria della recezione giuridica, e rinvia a vari lavori di Hirsch73. Infine Theodor Sternberg, in certa misura il meno fortunato pendant di Hirsch in terra nipponica, importò in Giappone quel diritto libero che trova le sue radici anche in Ehrlich74. Forse oggi Sternberg sarebbe del tutto dimenticato senza gli studi recentemente dedicatigli da Anna Bartels-Ishikawa, anch'essa giurista a cavaliere di due mondi75. Come Ehrlich, Treves, Sternberg (ma anche come Paternostro, Boissonade, Roesler) e tanti altri clerici veramente vagantes, pure Hirsch – come scrive un suo collega e amico – «dovette ben presto riconoscere che il diritto legislativo da lui insegnato agli studenti turchi quasi non influiva sulla vita sociale, che questa anzi continuava a scorrere seguendo il diritto tradizionale, benché esso fosse stato formalmente abolito»; Hirsch «riscoprì così la sociologia del diritto»76 e, appena tornato in Germania, propugnò questa disciplina tra gli studiosi tedeschi. I suoi primi saggi di analisi della recezione giuridica turca vennero pubblicati dapprima su riviste giuridiche tedesche77. Quasi vent'anni dopo si rivolse anche ai sociologi del diritto con un'opera che conclude le sue riflessioni sulla recezione giuridica in Turchia e che fornisce al tempo stesso uno degli esempi più 68Per ulteriori informazioni, cfr. Losano, Renato Treves, sociologo tra il Vecchio e il Nuovo Mondo, cit., VIII-210 pp. figlio Dankwart, educato in Turchia, si firma «Rustow» (senza Umlaut) e negli USA operò come esperto della Turchia: Robert E. Ward – Dankwart A. Rustow (Eds.), Political Modernization in Japan and Turkey, Princeton (NJ), Princeton University Press, 1964, VIII-502 pp. Cfr. anche Gerrit Steunebrink, Civil Society, Religion and the Nation. Modernization in Intercultural Context: Russia, Japan, Turkey, Amsterdam, Rodopi, 2004, XVI-328 pp.; Robert N. Bellah, Religious Aspects of Modernization in Turkey and Japan, in Jason L. Finkle (ed.), Political Development and Social Change, New York et al., Wiley, 1971, pp. 128-133. 70Zentaro Kitagawa, Rezeption und Fortbildung des europäischen Zivilrechts in Japan, Frankfurt a.M. – Berlin, Metzner, 1970, 221 pp. 71«Zeitschrift der Savigny-Stiftung für Rechtsgeschichte», Germanistische Abteilung, 89, 1972, p. 448 s. 72Manfred Rehbinder, Eugen Ehrlich als Rechtslehrer, in Wilhelm Brauneder – Kazuhiro Takii (Hrsg.), Die österreichischen Einflüsse auf die Modernisierung des japanischen Rechts, Frankfurt a. M., Lang,2007, pp. 149-158 (nella serie Österreichisch-japanische Rechtsbeziehungen). 73Kitagawa, Rezeption und Fortbildung, cit., p. 15 s., in particolare la nota 10. 74Mario G. Losano, Il «diritto libero» di Theodor Sternberg dalla Germania al Giappone del primo Novecento, Aistugia, Atti del XXIV Convegno di Studi sul Giappone (Savona, 21-23 settembre 2000), Savona, Editrice Liguria, 2001, pp. 305-352; ripreso come Il diritto libero di Theodor Sternberg dalla Germania al Giappone, «Sociologia del diritto», 2001, n. 2, pp. 115-154. 75Anna Bartels-Ishikawa, Theodor Sternberg, einer der Begründer des Freirechts in Deutschland und Japan, Berlin, Duncker & Humblot, 1998, 223 pp. (mia recensione in «Sociologia del diritto», XXVII, 2000, n. 2, pp. 187-190); Anna Bartels-Ishikawa (Hrsg.), Post im Schatten des Hakenkreuzes. Das Schicksal der jüdischen Familie Sternberg in ihren Briefe von Berlin nach Tokyo in der Zeit von 1910 bis 1950, Berlin, Duncker & Humblot, 2000, 270 pp. (mia recensione in «Sociologia del diritto», 2002, n. 3, pp. 201-203). 76[Ernst Féaux de la Croix (Hrsg.)], Liber Amicorum Ernst E. Hirsch, cit., p. 63 (citato supra, nota 43). 77Ernst Hirsch, Die Einflüsse und Wirkungen ausländischen Rechts auf das heutige türkische Recht, «Zeitschrift für das gesamte Handelsrecht und Konkursrecht», vol. 116, 1953, pp. 201-218; id., Das Schweizerische Zivilgesetzbuch in der Türkei, «Schweizerische Juristen-Zeitung», 1954, n. 22, pp. 337-346; id., Vier Phasen im Ablauf eines zeitgenössischen Rezeptionsprozesses. Ein Beitrag zur Rechtsvergleichung zwischen Mutter- und Tochterrecht, «Zeitschrift für vergleichende Rechtswissenschaft», 69, 1967, pp. 182-223. 69Il Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 46 interessanti di analisi della recezione di un diritto europeo in un contesto extraeuropeo78. Nello stesso anno, quasi a chiudere il cerchio della sua andata e ritorno tra il mondo tedesco e quello turco, rivolgeva la sua attenzione ai numerosi problemi giuridici sollevati in Germania dalla forte immigrazione turca, analizzando l'applicazione di norme turche davanti ai tribunali tedeschi79. Il contributo dei consiglieri giuridici stranieri all'ammodernamento dei diritti extraeuropei fu legato anche a condizioni di vita veramente difficili e a gravi sacrifici personali. Oggi questi personaggi sono spesso ingiustamente dimenticati. Valgano in parte a ripagarli di questo silenzio le parole commosse con cui il Ministro turco dell'Educazione, Reşit Galip, il 6 luglio 1933 concludeva l'accordo con Philipp Schwartz per la venuta dei professori tedeschi in Turchia: «In questo giorno straordinario ci è stato possibile condurre a buon fine un'azione eccezionale. Quando Costantinopoli cadde quasi 500 anni fa, gli studiosi bizantini decisero di abbandonare il paese. Non fu possibile trattenerli. Molti di loro andarono in Italia e il risultato di questa migrazione fu il Rinascimento. Oggi ci siamo preparati a ricevere in contraccambio un dono dall'Europa, dal quale ci attendiamo un arricchimento, anzi, un rinnovamento della nostra nazione. Portateci il vostro sapere e i vostri metodi, mostrate alla nostra gioventù la via del progresso. Da parte nostra, vi offriamo la nostra gratitudine e il nostro rispetto»80. 78Ernst Hirsch, Rezeption als sozialer Prozess. Erläutert am Beispiel der Türkei, Berlin, Duncker & Humblot, 1981, 137 pp. Hirsch, Türkisches Recht vor deutschen Gerichten. Gutachten und Abhandlungen zum türkischen Handels- und Zivilrecht, Berlin, Duncker & Humblot, 1981, 249 pp. 80Widmann, Exil und Bildungshilfe, cit., p. 56: cita il manoscritto di Philipp Schwartz, pp. 6-8, che riporta il discorso di Reşit Galip. 79Ernst Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 47 CADERNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE TRABALHO Normas para Apresentação Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012 48 CADERNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE TRABALHO Normas para Apresentação A apresentação do artigo para publicação nos Cadernos de Pós-Graduação em Direito deverá obedecer as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ● Titulo: Centralizado, em caixa alta. Deverá ser elaborado de maneira clara, juntamente com a versão em inglês. Se tratar de trabalho apresentado em evento, indicar o local e data de realização. ● Identificação dos Autores: Indicar o nome completo do(s) autor(res) alinhado a direita. A titulação acadêmica, Instituição a que pertence deverá ser colocado no rodapé. ● Resumo e Abstract: Elemento obrigatório, constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 250 palavras. Deve ser apresentado em português e em inglês. Para redação dos resumos devem ser observadas as recomendações da ABNT NBR 6028/maio 1990. ● Palavras-chave: Devem ser apresentados logo abaixo do resumo, sendo no máximo 5 (cinco), no idioma do artigo apresentado e em inglês. As palavras-chave devem ser constituídas de palavras representativas do conteúdo do trabalho. (ABNT - NBR 6022/maio 2003). As palavras-chave e key words, enviados pelos autores deverão ser redigidos em linguagem natural, tendo posteriormente sua terminologia adaptada para a linguagem estruturada de um thesaurus, sem, contudo, sofrer alterações no conteúdo dos artigos. ● Texto: a estrutura formal deverá obedecer a uma seqüência: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. ● Referências Bibliográficas - ABNT – NBR 6023/ago. 2000. Todas as obras citadas no texto devem obrigatoriamente figurar nas referências bibliográficas. São considerados elementos essenciais à identificação de um documento: autor, título, local, editora e data de publicação. Indicar a paginação inicial e final, quando se tratar de artigo de periódicos, capítulos de livros ou partes de um documento. Deverão ser apresentadas ao final do texto, em ordem alfabética pelo sobrenome do autor. ● Citações: devem ser indicadas no texto por sistema numérico, obedecendo a ABNT - NBR 10520/ago. 2002. As citações diretas, no texto, de até 3 linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As citações diretas, no texto, com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem aspas. Cadernos de Pós-Graduação em Direito, Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, n. 7, 2012